08.05.2013 Views

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

+ Descargar - Asociación de Investigadores en Relaciones Públicas

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Ana Mafalda dos Santos: Gestão da comunicação <strong>de</strong> crise em organizações públicas e privadas<br />

em perigo a imagem positiva <strong>de</strong> que disfruta um indivíduo ou uma organização (González<br />

Herrero, 1998; International Research Group on Crisis Communication: em linha).<br />

No plano organizacional, uma crise - seja qual for a sua natureza -, afecta a totalida<strong>de</strong> da<br />

instituição, a sua imagem corporativa, e como tal <strong>de</strong>verá buscar-se uma resposta global; nas<br />

palavras <strong>de</strong> Villafañe (1998 1993), “o melhor escudo anticrise é uma imagem positiva”. Para<br />

o autor, esta consegue-se através da gestão quotidiana da cultura corporativa, com base na<br />

comunicação. Uma organização que faça uma eficaz gestão da comunicação estará sempre<br />

mais bem preparada para <strong>en</strong>fr<strong>en</strong>tar uma crise; ao contrário, instituições com baixo perfil<br />

comunicativo serão mais vulneráveis perante conflitos inesperados.<br />

Naturalm<strong>en</strong>te, é possível antecipar as ev<strong>en</strong>tuais crises e as respostas às mesmas. Perante uma<br />

situação crítica, as organizações po<strong>de</strong>m ser proactivas ou reactivas. No primeiro caso,<br />

procura-se munir a organização <strong>de</strong> mecanismos e procedim<strong>en</strong>tos <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> resposta,<br />

rápidos e eficazes, que contribuam para reduzir ou eliminar os efeitos negativos que uma<br />

ev<strong>en</strong>tual crise po<strong>de</strong> provocar junto dos públicos (Freeo: em linha). Para tal, efectua-se<br />

recolha <strong>de</strong> informação, i<strong>de</strong>ntificação dos recursos humanos disponíveis e a<strong>de</strong>quados, e<br />

<strong>de</strong>finição das linhas <strong>de</strong> actuação a activar durante a crise. Na segunda hipótese, ap<strong>en</strong>as resta a<br />

t<strong>en</strong>tativa <strong>de</strong> minimização dos efeitos nocivos do problema, acompanhando a situação,<br />

cuidando do rescaldo e organizando o processo <strong>de</strong> reconstrução da imagem.<br />

Em Portugal, e actualm<strong>en</strong>te, assiste-se a uma cresc<strong>en</strong>te preocupação com a imagem<br />

corporativa e suas teorizações. Na última década, editaram-se livros especializados sobre a<br />

matéria, com contributos conceptuais e práticos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> pertinência, que auguram<br />

importância cresc<strong>en</strong>te a esta área <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>, em torno da qual se estrutura gran<strong>de</strong> parte do<br />

sucesso das organizações mo<strong>de</strong>rnas. Todavia, o mesmo não se verifica com as crises<br />

organizacionais, acontecim<strong>en</strong>tos circunstanciais e extraordinários que, ao que parece, ainda<br />

não preocupam sufici<strong>en</strong>tem<strong>en</strong>te – excepto em sectores <strong>de</strong> alto risco – os administradores e<br />

gestores portugueses. De facto, as instituições reservam o termo “crise” para os<br />

acontecim<strong>en</strong>tos particularm<strong>en</strong>te graves e com gran<strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong> exterior. Neste ponto<br />

específico, é <strong>de</strong> sali<strong>en</strong>tar a influência dos meios <strong>de</strong> comunicação social, que frequ<strong>en</strong>tem<strong>en</strong>te<br />

contribuem para amplificar acontecim<strong>en</strong>tos que, na sua essência, não seriam realm<strong>en</strong>te<br />

críticos. Daí a necessida<strong>de</strong> cresc<strong>en</strong>te <strong>de</strong> tratar as crises organizacionais no âmbito da<br />

comunicação corporativa, pela notável influência que po<strong>de</strong>m ter na imagem percebida da<br />

organização em causa. Não obstante, e apesar da publicação <strong>de</strong> uma obra sobre esta temática 3<br />

e da tradução <strong>de</strong> algum material bibliográfico, o que é certo é que muito pouco se tem<br />

docum<strong>en</strong>tado, à escala nacional, sobre gestão da comunicação <strong>de</strong> crise. No plano académico,<br />

esta área emerg<strong>en</strong>te da Comunicação assume também pouco relevo, pelo que, e<br />

3 LAMPREIA, J. Martins (coord.) (2003). Gestão <strong>de</strong> Crise – uma Perspectiva Europeia. Lisboa, Hugin<br />

Editores.<br />

# A6 ACTAS ICONO 14 - Nº A6 – pp. 801/817 | 05/2011 | REVISTA DE COMUNICACIÓN Y NUEVAS TECNOLOGÍAS | ISSN: 1697–8293<br />

C/ Salud, 15 5º dcha. 28013 – Madrid | CIF: G - 84075977 | www.icono14.net<br />

813

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!