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Anabela Mateus: A Comunicação na fusão<br />

da Análise Estratégica tiveram sobre este autor, assim como sobre Bernoux.<br />

Segundo Bernoux (1985), a explosão da corr<strong>en</strong>te está relacionada com a<br />

multiplicação das fusões e das dificulda<strong>de</strong>s com elas relacionadas. Por seu lado,<br />

este autor segue <strong>de</strong> perto a perspectiva <strong>de</strong> Sainsaulieu. Em função da nossa<br />

investigação esta é uma posição que não po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar, uma vez<br />

que o conceito <strong>de</strong> Cultura <strong>de</strong> Empresa, indubitavelm<strong>en</strong>te fundam<strong>en</strong>tal nos<br />

processos <strong>de</strong> fusão, <strong>en</strong>contra aqui um excel<strong>en</strong>te campo <strong>de</strong> fundam<strong>en</strong>tação.<br />

Segundo Bernoux, (…) “se duas empresas fabricam num mesmo país um produto<br />

idêntico num mercado muito competitivo, e se reconhecem as dificulda<strong>de</strong>s e/ou perdas<br />

financeiras, a lógica implica que elas t<strong>en</strong>tem aproximar-se, po<strong>de</strong>ndo ou não chegar à fusão”<br />

2 (1985:191)<br />

O conceito Clima Organizacional surge relacionado com aspectos psicológicos, <strong>de</strong><br />

tal forma que foi introduzido na literatura organizacional por psicólogos. Mais<br />

tar<strong>de</strong> Goleman vai apres<strong>en</strong>tar um conjunto <strong>de</strong> factores que influ<strong>en</strong>ciam o<br />

ambi<strong>en</strong>te <strong>de</strong> trabalho, como flexibilida<strong>de</strong>, responsabilida<strong>de</strong>, mo<strong>de</strong>los,<br />

recomp<strong>en</strong>sas, clareza e emp<strong>en</strong>ho (in CUNHA et al, 2003), e sugerir uma relação<br />

com os estilos <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança.<br />

A Mudança caracteriza uma fusão. Todas as empresas <strong>de</strong>vem adaptar-se<br />

perman<strong>en</strong>tem<strong>en</strong>te às evoluções do ambi<strong>en</strong>te, se se quiserem manter ou<br />

<strong>de</strong>s<strong>en</strong>volver. A Mudança na organização, e principalm<strong>en</strong>te em situações como as<br />

da investigação que servem <strong>de</strong> base à pres<strong>en</strong>te apres<strong>en</strong>tação, <strong>de</strong>verá prever uma<br />

mudança <strong>de</strong> cultura, simultânea, adaptada à nova organização. A Mudança não é um<br />

fim em si mesmo, mas uma necessida<strong>de</strong> para fazer um sistema passar <strong>de</strong> um<br />

estado a outro. Tem lugar sempre que se modifica um objectivo, uma norma,<br />

uma regra, um comportam<strong>en</strong>to repetitivo ou um processo <strong>de</strong> transformação<br />

(BÉRIOT, 1997:97).<br />

O Des<strong>en</strong>volvim<strong>en</strong>to Organizacional (OD) surge como uma abordagem subjac<strong>en</strong>te à<br />

mudança nas organizações, mas uma mudança em termos <strong>de</strong> evolução programada<br />

do seu funcionam<strong>en</strong>to.<br />

A oportunida<strong>de</strong> da introdução <strong>de</strong>stes conceitos surge porque <strong>en</strong>t<strong>en</strong><strong>de</strong>mos que<br />

qualquer processo <strong>de</strong> fusão <strong>de</strong>ve ser acompanhado por uma estratégia <strong>de</strong> mudança<br />

realm<strong>en</strong>te programada, com base em técnicas <strong>de</strong> <strong>de</strong>nvolvim<strong>en</strong>to organizacional,<br />

já testadas.<br />

2 Trad. pessoal<br />

# A6 ACTAS ICONO 14 - Nº A6 – pp. 719/741 | 05/2011 | REVISTA DE COMUNICACIÓN Y NUEVAS TECNOLOGÍAS | ISSN: 1697–8293<br />

C/ Salud, 15 5º dcha. 28013 – Madrid | CIF: G - 84075977 | www.icono14.net<br />

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