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Anabela Mateus: A Comunicação na fusão<br />

Bernoux (1985:194) salvaguarda-nos nesta nossa postura quando <strong>de</strong>f<strong>en</strong><strong>de</strong> que as<br />

culturas são criadas para respon<strong>de</strong>r a condições muito concretas nas difer<strong>en</strong>tes empresas.<br />

No caso concreto do Grupo B <strong>de</strong>paramo-nos com uma característica que nos<br />

levou a individualizar toda uma análise para verificar <strong>de</strong> ev<strong>en</strong>tuais <strong>de</strong>svios em<br />

relação aos resultados <strong>en</strong>contrados no Grupo A. O que mais ou m<strong>en</strong>os po<strong>de</strong><br />

distingui-los é o facto <strong>de</strong> uma das empresas que fazia parte do grupo já ter<br />

passado por um processo <strong>de</strong> fusão anterior a 1980, neste caso por fases ao longo <strong>de</strong> 3 anos<br />

(<strong>en</strong>tre 1972 e 1975), e uma outra ter sofrido uma aglutinação <strong>de</strong> uma empresa <strong>de</strong><br />

maior porte no mercado em 1972, embora adiantemos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já que esta última<br />

não resulta tão significativa para o nosso estudo e por isso fazemos poucas<br />

referências à situação. Imediatam<strong>en</strong>te após a fusão em 1980, as fusões das empresas<br />

seguradoras conduziram a disfunções a nível da comunicação interna que, por sua vez,<br />

estavam relacionadas com processos anómicos no seu público interno.<br />

Confirmou-se, em parte, a hipótese que g<strong>en</strong>eralizámos para o nosso trabalho. A<br />

comunicação que prevaleceu foi a informal e produziu-se uma inibição <strong>de</strong><br />

comunicar com os novos colegas, o que <strong>de</strong>monstrou falta <strong>de</strong> integração inicial. Mas,<br />

insistimos, essa proposição <strong>de</strong> grupo só se verificou em parte. É verda<strong>de</strong> que<br />

existiu inibição <strong>de</strong> comunicação num primeiro mom<strong>en</strong>to, o que revelava falta <strong>de</strong><br />

integração. Por outro lado, a relação com os antigos colegas mantinha-se e isso<br />

levava a uma <strong>de</strong>sconfiança inicial, o que gerou a criação <strong>de</strong> subgrupos informais<br />

baseados nas antigas estruturas, pot<strong>en</strong>ciando a comunicação informal que já vinha do<br />

período anterior à fusão <strong>de</strong> 1980. Mas, no que diz respeito a processos anómicos,<br />

falta <strong>de</strong> regras <strong>de</strong> ori<strong>en</strong>tação, conflitos, nunca foram muito evi<strong>de</strong>ntes e essa falta <strong>de</strong><br />

integração e <strong>de</strong>sconfiança também se <strong>de</strong>svaneceram rapidam<strong>en</strong>te. A facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

integração <strong>de</strong>monstrada por parte dos elem<strong>en</strong>tos da empresa no mom<strong>en</strong>to da<br />

fusão contagiou rapidam<strong>en</strong>te os colegas e, progressivam<strong>en</strong>te, a gran<strong>de</strong> maioria<br />

<strong>de</strong>monstrou um s<strong>en</strong>tim<strong>en</strong>to <strong>de</strong> integração total.<br />

Sabe-se que, para que haja uma boa integração, a eficácia da comunicação é<br />

fundam<strong>en</strong>tal, isto, ao contrário do que também p<strong>en</strong>sáramos para a nossa hipótese<br />

inicial e assim o propusémos, mas agora em conformida<strong>de</strong> com a relação que<br />

vimos concretizar-se na empresa: a comunicação interna formal e informal não se<br />

tornou disfuncional perante o confronto <strong>de</strong> culturas organizacionales distintas. Porque,<br />

com a fusão, as distintas culturas das diversas empresas também passaram a fazer<br />

parte <strong>de</strong> uma estrutura para a qual a comunicação contribuía, revelando-se<br />

efici<strong>en</strong>te. Na realida<strong>de</strong>, a estrutura implantada não se revelou fácil: a<br />

heterog<strong>en</strong>eida<strong>de</strong> <strong>en</strong>contrada é gran<strong>de</strong>, no âmbito <strong>de</strong> uma estrutura difer<strong>en</strong>ciada<br />

on<strong>de</strong> conviviam culturas difer<strong>en</strong>ciadas – aglutinadores e aglutinados – e<br />

inclusivam<strong>en</strong>te assim, ao contrário do que também puséramos em hipótese,<br />

como vimos com pressupostos distintos, a nova estrutura organizacional não levou a<br />

# A6 ACTAS ICONO 14 - Nº A6 – pp. 719/741 | 05/2011 | REVISTA DE COMUNICACIÓN Y NUEVAS TECNOLOGÍAS | ISSN: 1697–8293<br />

C/ Salud, 15 5º dcha. 28013 – Madrid | CIF: G - 84075977 | www.icono14.net<br />

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