30.01.2019 Views

Esquematizado - OAB Primeira Fase - Pedro Lenza - 2017

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

i) Prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio: estará configurada tal falta<br />

ética nos casos em que o advogado abandona o processo, ou quando deveria adotar<br />

uma medida processual para defender os interesses do cliente e, inadvertidamente, não<br />

a realiza, não comparece ao ato judicial, sem qualquer justificativa plausível, dentre<br />

outras. Por mais que o advogado não tenha responsabilidade-fim, ele está obrigado a<br />

utilizar de todos os meios legítimos para defender os interesses do seu cliente. Assim, a<br />

culpa grave estará configurada sempre que existir uma negligência, imprudência ou<br />

imperícia do profissional. A sanção cabível é a censura.<br />

j) Acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que<br />

funcione: basta que o advogado, de forma consciente, seja mediante uma ação ou<br />

omissão, dê causa a uma anulação ou nulidade processual. Esta infração estará<br />

configurada quando o advogado, querendo, cause atrasos ao processo, incluindo sua<br />

nulidade, prejudicando a parte contrária, a prestação da justiça e, também, a<br />

coletividade. A sanção cabível é a censura.<br />

k) Abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da<br />

renúncia: ainda que o advogado tenha renunciado ao mandato, seja lá qual for o<br />

motivo, deverá atuar no feito nos dez dias seguintes ao comunicado da renúncia, salvo<br />

se a parte constituir novo advogado, sob de pena de tipificar a infração de abandono da<br />

causa. Mesmo que o ato de renúncia não exija a concordância do cliente, estará o<br />

advogado obrigado a representar seu cliente nos próximos dez dias de tal comunicação.<br />

A sanção cabível é a censura.<br />

l) Recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude de<br />

impossibilidade da Defensoria Pública: quando o Estado não puder assistir<br />

juridicamente aquele que não o pode fazer pelas próprias custas, caso em que a<br />

Defensoria Pública não atue naquela localidade, e, por qualquer motivo diverso, o<br />

advogado se negar, sem qualquer justificativa, a realizar tal assistência, praticará falta<br />

ética. Essa infração é muito comum quando há um convênio entre a <strong>OAB</strong> e o Estado<br />

para prestação de assistência jurídica aos necessitados e, mesmo após concordar com<br />

esta atuação e lá deixar o seu nome, o advogado, sem justo motivo, recusa-se a prestar<br />

o respectivo auxílio. A sanção cabível é a censura.<br />

m) Fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas<br />

a causas pendentes: o advogado não deve fazer a divulgação na imprensa sobre<br />

alegações forenses relativas ao processo, a uma causa que ainda esteja pendente, ou<br />

algo parecido. Lembre-se que o advogado, tal qual o magistrado e o promotor de

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!