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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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102 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

14. Porque, quando os gentios, que<br />

não têm lei, fazem naturalmente as<br />

coisas que são da lei, tornam-se lei<br />

para si mesmos, embora não possuam<br />

a lei;<br />

15. Nisso eles mostram a obra da lei escrita<br />

em seus corações, testificando<br />

juntamente sua consciência e seus<br />

pensamentos, ora acusando-os, ora<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo-os;<br />

16. No dia em que Deus julgará os segredos<br />

dos homens, segundo meu<br />

evangelho, por meio <strong>de</strong> Jesus Cristo.<br />

14. Quum enim Gentes, quæ Legem<br />

non habent, natura quæ Legis sunt<br />

faciant, ipsæ, Legem non habentes,<br />

sibi ipsæ sunt Lex:<br />

15. Quæ ostendunt opus Legis<br />

scriptum in cordibus suis, simul<br />

attestante ipsorum conscientia et<br />

cogitationibus inter se accusantibus<br />

aut étiam excusantibus,<br />

16. In die qua judicabit Deus occulta<br />

hominum, secundum Evangelium<br />

meum, per Iesum Christum.<br />

14. Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente<br />

as coisas que são da lei. Ele agora repete a prova da primeira<br />

parte da sentença, porquanto não se satisfaz em con<strong>de</strong>nar-nos por<br />

mera afirmação e em pronunciar o justo juízo divino sobre nós, senão<br />

que diligencia por convencer-nos <strong>de</strong>le por meio <strong>de</strong> argumentos, a fim<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar-nos um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo e amor por Cristo. Ele mostra que<br />

a ignorância é apresentada pelos gentios como fútil justificativa, visto<br />

que <strong>de</strong>claram, por seus próprios feitos, que possuem alguma norma <strong>de</strong><br />

justiça. Não existe nação tão oposta a tudo quanto é humano que não<br />

se mantenha <strong>de</strong>ntro dos limites <strong>de</strong> algumas leis. Visto, pois, que todas<br />

as nações se dispõem a promulgar leis para si próprias, <strong>de</strong> seu próprio<br />

alvitre, e sem serem instruídas para agirem assim, é além <strong>de</strong> toda e<br />

qualquer dúvida que elas conservam certa noção <strong>de</strong> justiça e retidão,<br />

ao que os gregos se referem como προλήψεις, e que é implantado por<br />

natureza nos corações humanos. Eles, portanto, possuem uma lei, sem<br />

a Lei; porque, embora não possuam a lei escrita por Moisés, não são<br />

completamente <strong>de</strong>stituídos <strong>de</strong> conhecimento da retidão e da justiça. De<br />

outra forma, não po<strong>de</strong>riam distinguir entre vício e virtu<strong>de</strong> – restringem<br />

aquele com castigo, enquanto que a esta exaltam, mostrando-lhe sua<br />

aprovação e honrando-a com recompensas. Paulo contrasta a natureza<br />

com a lei escrita, significando que os gentios possuíam a luz natural da

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