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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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476 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

33. Ó profundida<strong>de</strong> das riquezas, tanto<br />

da sabedoria, como do conhecimento<br />

<strong>de</strong> Deus!<br />

34. Quão insondáveis são seus juízos, e<br />

quão inescrutáveis seus caminhos!<br />

Quem, pois, conheceu a mente do<br />

Senhor? ou quem foi seu conselheiro?<br />

35. ou quem primeiro lhe <strong>de</strong>u a ele para<br />

que seja recompensado?<br />

36. Porque <strong>de</strong>le e por meio <strong>de</strong>le e para<br />

ele são todas as coisas. A ele seja a<br />

glória para sempre. Amém.<br />

33. O profunditatem divitiarum et sapientiæ<br />

et cognitionis Dei! quàm<br />

incomprehensibilia 33 sunt judicia<br />

ejus et impervestigabiles 34 viæ ipsius!<br />

34. Quis enim cognovit mentem Domini?<br />

aut quis illi à consiliis fuit?<br />

35. Aut quis prior <strong>de</strong>dit ei et retribuetur<br />

illi?<br />

36. Quoniam ex illo et per illum et in<br />

illum sunt omnia: Ipsi gloria in secula.<br />

Amen.<br />

33. Ó profundida<strong>de</strong> das riquezas. O apóstolo aqui primeiro<br />

interrompe a linguagem que fluía espontaneamente <strong>de</strong> uma piedosa<br />

consi<strong>de</strong>ração do tratamento <strong>de</strong> Deus para com os fiéis. Em<br />

seguida, <strong>de</strong> relance, refreia a audácia da impieda<strong>de</strong> que habitualmente<br />

vocifera contra os juízos divinos. Portanto, ao ouvirmos as<br />

palavras, Ó profundida<strong>de</strong>, sentimo-nos incapacitados para expressar<br />

a imensurável força que esta <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> espanto encerra<br />

no sentido <strong>de</strong> reprimir a temerida<strong>de</strong> da carne. Depois <strong>de</strong> haver<br />

expresso tudo o que <strong>de</strong>via, movido pela Palavra e pelo Espírito<br />

do Senhor, sentindo-se finalmente dominado pela sublimida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> tão profundo mistério, o apóstolo nada mais po<strong>de</strong> fazer senão<br />

pon<strong>de</strong>rar e exclamar que as riquezas da sabedoria <strong>de</strong> Deus são<br />

<strong>de</strong>masiadamente profundas para que nossa razão seja capaz <strong>de</strong><br />

sondá-las. Se, pois, um dia preten<strong>de</strong>rmos a<strong>de</strong>ntrar os eternos<br />

conselhos <strong>de</strong> Deus, pela instrumentalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um discurso, que o<br />

façamos mo<strong>de</strong>rando nossa linguagem e mesmo nossa maneira <strong>de</strong><br />

pensar, <strong>de</strong> modo que nossa argumentação seja sóbria e respeite<br />

33 ‘Incomprehensibilia’, assim a Vulgata; “ἀνεξερεύνητα – inscrutabilia – inescrutável”, Beza.<br />

Significa o que não po<strong>de</strong> ser encontrado por meio <strong>de</strong> pesquisa. Outras versões comunicam<br />

a idéia correta: ‘insondável’.<br />

34 ‘Impervestigabilies’, assim Beza; “ἀνεξιχνίαστοι – investigabiles – não investigável”, Vulgata;<br />

o que não po<strong>de</strong> ser investigado e do qual não há vestígio – não traçável; “não po<strong>de</strong> ser<br />

traçado” é a versão <strong>de</strong> Doddridge.

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