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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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504 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

nos or<strong>de</strong>na a dar assistência aos santos. Embora nosso amor <strong>de</strong>va<br />

esten<strong>de</strong>r-se a toda a raça humana, <strong>de</strong>vemos envolver num amplexo<br />

<strong>de</strong> especial afeição àqueles que são domésticos na fé, porquanto se<br />

acham vinculados a nós por um laço muitíssimo estreito.<br />

14. Abençoai os que vos perseguem;<br />

abençoai, e não amaldiçoeis.<br />

15. Alegrai-vos com os que se alegram;<br />

chorai com os que choram.<br />

16. Ten<strong>de</strong> o mesmo sentimento uns<br />

para com os outros. Em lugar <strong>de</strong><br />

ser<strong>de</strong>s orgulhosos, con<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>i<br />

com o que é humil<strong>de</strong>; não sejais sábios<br />

a vossos próprios olhos.<br />

14. Benedicite iis qui vos persequuntur;<br />

benedicite et ne malum<br />

imprec emini.<br />

15. Gau<strong>de</strong>te cum gau<strong>de</strong>ntibus, flete<br />

cum flentibus;<br />

16. Mutuò alii in alios sensu affecti, non<br />

arroganter <strong>de</strong> vobis sentientes, sed<br />

humilibus vos accommodantes: ne<br />

sitis apud vos ipsos pru<strong>de</strong>ntes.<br />

14. Abençoai os que vos perseguem. Desejo insistir com o leitor,<br />

<strong>de</strong> uma vez por todas, que não se preocupe excessivamente no sentido<br />

<strong>de</strong> encontrar aqui uma or<strong>de</strong>m precisa no tocante aos preceitos<br />

individuais. Antes, baste-nos o seguinte: é preferível que tenhamos<br />

alguns preceitos bem resumidos por meio dos quais haja uma total<br />

a<strong>de</strong>quação à vida <strong>de</strong> santida<strong>de</strong>. Estes são <strong>de</strong>rivados do princípio<br />

exarado pelo apóstolo no início do capítulo.<br />

Imediatamente nos transmitirá preceitos contra a retaliação,<br />

ou, seja: não revidar as injúrias que nos são lançadas. Aqui, porém,<br />

ele apela para uma conduta ainda mais difícil. Não só não po<strong>de</strong>mos<br />

invocar algum mal sobre nossos inimigos, mas é também preciso<br />

<strong>de</strong>sejar que os mesmos sejam prósperos e orar para que Deus lhes<br />

faça bem, mesmo quando nos aborreçam e nos tratem <strong>de</strong> forma<br />

hostil. Quanto mais difícil nos torna a prática <strong>de</strong> tais gentilezas,<br />

mais intensamente <strong>de</strong>vemos esforçar-nos por atingi-las. O Senhor<br />

não nos dá nenhum mandamento pelo qual não apele para nossa<br />

obediência. Nem mesmo nos <strong>de</strong>ixa escusa alguma, caso nos falte<br />

aquela disposição pela qual ele nos consi<strong>de</strong>ra distintos dos ímpios<br />

e dos filhos <strong>de</strong>ste mundo.

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