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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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520 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

<strong>de</strong>legado a eles, por Deus, tem referência a seus vassalos. Estes têm<br />

também obrigação para com aqueles. Paulo instrui as pessoas <strong>de</strong><br />

que é pela divina benevolência que elas são <strong>de</strong>fendidas pela espada<br />

dos magistrados contra as injúrias dos perversos.<br />

Porque não é sem motivo que ela traz a espada. A segunda<br />

parte da função dos magistrados consiste no <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> reprimir pela<br />

força a insolente conduta dos perversos, que não se <strong>de</strong>ixam governar<br />

espontaneamente pelas leis, bem como infligir-lhes castigo <strong>de</strong> acordo<br />

com suas ofensas, à luz do veredicto divino. O apóstolo <strong>de</strong>clara<br />

explicitamente que os magistrados são armados com espada não<br />

como vã exibição, mas a fim <strong>de</strong> castigar os malfeitores.<br />

Vingador, para castigar significa alguém que executa o castigo<br />

divino. 6 O apóstolo prova isso pelo uso da espada, a qual Deus tem<br />

<strong>de</strong>sembainhada em sua mão. Esta é uma excelente passagem para provar<br />

o po<strong>de</strong>r da espada. Se ao armar o magistrado o Senhor confiou-lhe<br />

também o uso da espada, então, ao punir o culpado com a morte, ele<br />

não faz outra coisa senão obe<strong>de</strong>cer a Deus no exercício <strong>de</strong> sua vingança.<br />

Aqueles, pois, que consi<strong>de</strong>ram ser errôneo <strong>de</strong>rramar o sangue do<br />

culpado, outra coisa não fazem senão conten<strong>de</strong>r com Deus mesmo.<br />

5. Pelo que é necessário que lhe estejais<br />

sujeitos, não somente por causa<br />

da punição, mas também por <strong>de</strong>ver<br />

<strong>de</strong> consciência.<br />

6. Por esse motivo também pagais tributos:<br />

porque são ministros a serviço<br />

<strong>de</strong> Deus, aten<strong>de</strong>ndo constantemente<br />

sobre estas mesmas coisas.<br />

5. Itaque necesse est subjici, non modò<br />

propter iram, sed etiam propter<br />

conscientiam.<br />

6. Propterea enim tributa quoque solutis;<br />

ministri 7 enim Dei sunt, in hoc<br />

incumbentes.<br />

6 Vin<strong>de</strong>x in iram, ἔκδικος εἰς ὀργὴν; “um vingador para executar a ira”, Doddridge; “um vingador<br />

para a ira”, Hammond. Ira, aqui, é tomada no sentido <strong>de</strong> castigo por Lutero, Beza,<br />

Grotius, Me<strong>de</strong> e outros. Vejam-se 2.5; 3.5; 4.15. A frase, pois, po<strong>de</strong> ser traduzida assim:<br />

“con<strong>de</strong>nando ao castigo o praticante do mal.” Há um contraste entre “para a ira” e “para<br />

o bem” no início do versículo.<br />

7 ‘Ministri’, λειτουργοὶ, administradores, funcionários, os executores dos serviços públicos<br />

ou ministros públicos, segundo Macknight. Os governantes foram chamados antes,<br />

no versículo 4, διάκονοι, servos, diáconos, ministros. Os mesmos títulos são-lhes dados<br />

como foram dados aos apóstolos e ministros do evangelho, e ainda ao próprio Cristo.<br />

Lemos que eles são os ministros e funcionários <strong>de</strong> Deus, tanto em questões civis como<br />

nas coisas espirituais como pregadores do evangelho.

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