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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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Capítulo 4 • 191<br />

Abraão ainda assim ousou confiar na promessa <strong>de</strong> Deus. Ele consi<strong>de</strong>rou<br />

que o fato <strong>de</strong> o Senhor haver prometido era base suficiente<br />

para esperar, por mais incrível o fato pu<strong>de</strong>sse ser em si mesmo.<br />

Segundo lhe fora dito. Preferi esta tradução a fim <strong>de</strong> reportar ao<br />

tempo <strong>de</strong> Abraão. O que o apóstolo tinha em mente é que quando<br />

inúmeras tentações lhe vinham em direção com o fim <strong>de</strong> roubar-lhe<br />

a esperança e precipitá-lo em <strong>de</strong>sespero e fracasso, Abraão volvia<br />

sua mente para a promessa que lhe fora dada por Deus: “Tua <strong>de</strong>scendência<br />

será como as estrelas do céu e como a areia do mar.” O<br />

apóstolo, <strong>de</strong>liberadamente, usou apenas parte da citação, a fim <strong>de</strong><br />

estimular-nos a ler as Escrituras. Em todas suas citações da Escritura<br />

o apóstolo tomou escrupuloso cuidado <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar-nos para que<br />

cultivemos o hábito <strong>de</strong> examiná-la com o maior cuidado.<br />

19. E, sem se enfraquecer na fé, embora<br />

levasse em conta seu próprio corpo<br />

amortecido, sendo já <strong>de</strong> cem anos,<br />

e a ida<strong>de</strong> avançada <strong>de</strong> Sara,<br />

20. não duvidou da promessa <strong>de</strong> Deus,<br />

por uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> incredulida<strong>de</strong>;<br />

mas pela fé se fortaleceu, dando<br />

glória a Deus,<br />

21. estando plenamente convicto <strong>de</strong><br />

que ele era po<strong>de</strong>roso para cumprir<br />

o que prometera.<br />

22. Pelo que isso lhe foi também imputado<br />

para justiça.<br />

19. Ac fi<strong>de</strong> minimè <strong>de</strong>bilitatus, non<br />

consi<strong>de</strong>ravit suum ipsius corpus<br />

jam emortuum, centenarius quum<br />

ferè esset, nec emortuam vulvam<br />

Saræ:<br />

20. Nec vero in Dei promissionem per<br />

incredulitatem disquisivit; sed roboratus<br />

est fi<strong>de</strong>, tribuens gloriam<br />

Deo;<br />

21. Ac certè persuasus, quod ubi quid<br />

promisit, possit etiam præstare.<br />

22. I<strong>de</strong>o et imputatum illi est in justitiam.<br />

19. Sem se enfraquecer na fé. Alternativamente, omitindo uma<br />

das negações po<strong>de</strong>mos traduzir a passagem assim: “Nem ele, embora<br />

fraco na fé, levou em conta seu próprio corpo.” Isso, porém, não afeta<br />

o sentido. Ele agora mostra mais diretamente as circunstâncias que<br />

po<strong>de</strong>riam ter impedido, e <strong>de</strong>veras totalmente interrompido, Abraão<br />

<strong>de</strong> receber a promessa. O her<strong>de</strong>iro lhe fora prometido tendo Sara<br />

como instrumento, num ponto do tempo em que, por natureza, lhe<br />

era impossível reproduzir e Sara <strong>de</strong> conceber. Tudo o que via em

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