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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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Capítulo 4 • 197<br />

Deus prometera. Esta relação entre a fé e a Palavra <strong>de</strong>ve ser cuidadosamente<br />

conservada e confiada à memória, porque a fé não nos<br />

po<strong>de</strong> conferir mais do que haja recebido da Palavra. O homem,<br />

pois, que chega à conclusão <strong>de</strong> que Deus é verda<strong>de</strong>iro, tendo em<br />

sua mente apenas um conhecimento geral e confuso <strong>de</strong> Deus, não<br />

será imediatamente justificado, a menos que repouse seguro na<br />

promessa <strong>de</strong> sua graça.<br />

23. Ora, não somente por causa <strong>de</strong>le<br />

está isso escrito que lhe foi levado<br />

em conta,<br />

24. mas também por nossa causa, posto<br />

que a nós igualmente nos será<br />

imputado, a saber, a nós que cremos<br />

naquele que ressuscitou <strong>de</strong>ntre os<br />

mortos a Jesus, nosso Senhor,<br />

25. o qual foi entregue por causa <strong>de</strong><br />

nossas transgressões, e ressuscitou<br />

por causa <strong>de</strong> nossa justificação.<br />

23. Non est autem scriptum propter ipsum<br />

tantùm, imputatum fuisse illi;<br />

24. Sed etiam porpter nos, quibus imputabitur<br />

cre<strong>de</strong>ntibus in eum, qui<br />

excitavit Iesum Dominum nostrum<br />

ex mortuis:<br />

25. Qui traditus fuit propter <strong>de</strong>licta<br />

nostra, et excitatus propter nostram<br />

jutificatitionem.<br />

23. Ora, não somente por causa <strong>de</strong>le está isso escrito. Como<br />

anteriormente já lembramos os leitores, visto que a prova fornecida<br />

por um só exemplo nem sempre é conclusiva, para evitar que sua<br />

afirmação se transformasse em polêmica, o apóstolo expressamente<br />

afirma que na pessoa <strong>de</strong> Abraão fora exibido um exemplo <strong>de</strong> uma<br />

justiça comum que é aplicada igualmente a todos.<br />

Somos lembrados, nesta passagem, do <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> extrair benefícios<br />

dos exemplos bíblicos. E <strong>de</strong> fato os escritores pagãos têm<br />

<strong>de</strong>clarado que a história é a mestra da vida; porém, não há ninguém<br />

que faça um progresso saudável nela quando a mesma nos é transmitida<br />

por eles. Somente a Escritura po<strong>de</strong> reivindicar com justiça<br />

uma função <strong>de</strong>sse gênero. Primeiramente, ela prescreve regras gerais<br />

pelas quais po<strong>de</strong>mos testar todas as <strong>de</strong>mais histórias, e assim fazê-<br />

-las reverter-se em nosso proveito. Em segundo lugar, ela claramente<br />

distingue quais as ações <strong>de</strong>vemos seguir e <strong>de</strong> quais <strong>de</strong>vemos fugir.

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