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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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576 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

25. Mas agora estou <strong>de</strong> partida para Jerusalém a serviço dos<br />

santos. Para evitar que esperassem que ele chegasse imediatamente,<br />

e imaginassem que os enganara caso sua chegada se <strong>de</strong>longasse além<br />

do previsto, ele lhes informa <strong>de</strong> sua ocupação em que ora se achava<br />

engajado, o que o impe<strong>de</strong> <strong>de</strong> iniciar <strong>de</strong> vez a viagem para Roma. Ele<br />

está viajando para Jerusalém com as doações que havia coletado<br />

na Acaia e Macedônia. Ao mesmo tempo, se vale da oportunida<strong>de</strong><br />

para enaltecer esta contribuição à guisa <strong>de</strong> sugestão para que eles<br />

também cooperassem. Embora não apresente ainda uma franca<br />

exigência para que eles fizessem isso, todavia, ao dizer que Acaia e<br />

Macedônia haviam atendido segundo exigira <strong>de</strong>las, ele indica qual<br />

era a responsabilida<strong>de</strong> dos romanos, já que suas circunstâncias<br />

eram as mesmas. Em sua [segunda] carta aos Coríntios, ele <strong>de</strong>clara<br />

francamente qual era seu objetivo: “Porque bem reconheço vossa<br />

presteza, da qual me glorio junto aos macedônios, dizendo que a<br />

Acaia está preparada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano passado, e vosso zelo tem estimulado<br />

a muitíssimos” [2Co 9.2].<br />

Foi um sinal <strong>de</strong> incomum pieda<strong>de</strong> que, quando os gregos <strong>de</strong>scobriram<br />

a extrema pobreza <strong>de</strong> seus irmãos <strong>de</strong> Jerusalém, não levando<br />

em conta a gran<strong>de</strong> distância que os separava, senão que aqueles a<br />

quem estavam unidos pelo vínculo da fé não se achavam tão longe<br />

<strong>de</strong>les, e assim doaram-lhes <strong>de</strong> sua própria riqueza. A palavra communicatio,<br />

aqui usada, expressa da melhor maneira os sentimentos<br />

movidos pelos quais <strong>de</strong>vemos dar assistência aos irmãos em suas<br />

necessida<strong>de</strong>s, pois a unida<strong>de</strong> do corpo cria a mútua preocupação<br />

entre os homens. Não traduzi o pronome τινά, porque ele é às vezes<br />

redundante em grego, e parece não se prestar muito na presente<br />

passagem. 18 Traduzi o verbo grego ministrando pela expressão a<br />

serviço <strong>de</strong> [ad ministrandum], mas esta não parece expressar bem<br />

o significado <strong>de</strong> Paulo, porquanto ele está justificando-se, dizendo<br />

que uma ocupação legítima impedia sua imediata partida para Roma.<br />

18 As palavras são κοινωνίαν τινὰ ποιήσασθαι, “fazer certa contribuição”, ou “alguma contribuição”,<br />

ou, como Doddridge, “certa coleta”. Ali não parece haver necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tirar a<br />

palavra τινὰ.

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