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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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456 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

quanto servisse para o avanço do ministério <strong>de</strong> Paulo significava<br />

benefício para os gentios, porque a salvação <strong>de</strong>les era o objetivo<br />

máximo <strong>de</strong> seu ministério.<br />

14. Para ver se <strong>de</strong> algum modo. Ele aqui também usa o verbo<br />

παραζηλω̑σαι, ‘provocar ciúmes’, para levar os gentios a buscarem o<br />

cumprimento da profecia <strong>de</strong> Moisés, como ele a <strong>de</strong>screve, quando<br />

tiverem entendido que a mesma buscava o benefício <strong>de</strong>les [Dt 32.22].<br />

E salvar alguns <strong>de</strong>les. Note-se aqui que é o ministro da Palavra<br />

quem salva, a seu próprio modo, por assim dizer, aqueles<br />

a quem ele conduz à obediência da fé. Devemos, pois, regular<br />

a administração <strong>de</strong> nossa salvação <strong>de</strong> tal forma que tenhamos<br />

consciência <strong>de</strong> que toda a dignida<strong>de</strong> e eficácia são atribuídas<br />

ao po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus, e que tributemos-lhe todo o louvor que ele<br />

merece. Não obstante, tenhamos em mente que a pregação é um<br />

instrumento para a consecução da salvação dos crentes. Embora<br />

não possa realizar nada sem o Espírito <strong>de</strong> Deus, todavia, através<br />

da operação interior do mesmo Espírito, ela revela a ação divina<br />

muito mais po<strong>de</strong>rosamente.<br />

15. Porque, se o fato <strong>de</strong> terem sido eles rejeitados trouxe reconciliação<br />

ao mundo. Esta passagem é consi<strong>de</strong>rada como um tanto<br />

obscura por muitos e pessimamente interpretada por muitos outros.<br />

Segundo a vejo, ela <strong>de</strong>ve ser entendida como sendo outro argumento<br />

<strong>de</strong>rivado <strong>de</strong> uma comparação entre o menor e o maior, no seguinte<br />

sentido: se a rejeição dos ju<strong>de</strong>us foi capaz <strong>de</strong> ocasionar a reconciliação<br />

dos gentios, sua recepção não será muito mais po<strong>de</strong>rosa e não<br />

os fará até mesmo ressuscitar <strong>de</strong>ntre os mortos? Paulo está sempre a<br />

insistir no fato <strong>de</strong> que os gentios não têm que sentir ciúmes, como se<br />

sua condição se agravasse, caso os ju<strong>de</strong>us venham a ser restaurados<br />

ao favor divino. Portanto, visto que Deus, maravilhosamente, extraiu<br />

vida da morte e luz das trevas, quanto mais, arrazoa ele, <strong>de</strong>vemos<br />

esperar que a ressurreição <strong>de</strong> um povo virtualmente morto conduza<br />

Escritura, no sentido <strong>de</strong> “tornar ilustre”, ou eminente, “tornar-se glorioso”. A construção<br />

dos dois versículos, 13 e 14, é um tanto difícil, e o significado não fica muito claro.

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