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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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Capítulo 2 • 107<br />

23. Tu, que te glorias na lei, <strong>de</strong>sonras a<br />

Deus, transgredindo a lei?<br />

24. Como está escrito: O nome <strong>de</strong> Deus<br />

é blasfemado entre os gentios por<br />

vossa causa.<br />

23. Qui <strong>de</strong> Lege gloriaris, Deum per<br />

Legis transgressionem <strong>de</strong>honestas:<br />

24. Nomen enim Dei propter vos<br />

probro afficitur inter gentes, quemadmodum<br />

scriptum est. 15<br />

17. Ora, tu que levas o nome <strong>de</strong> ju<strong>de</strong>u, e repousas na lei. Alguns<br />

manuscritos antigos trazem εἰ δὲ. E se esta redação fosse geralmente<br />

aceita, então eu a aprovaria. Visto, porém, que a maioria dos manuscritos<br />

se opõe a esta redação, e o significado não é nada apropriado,<br />

retenho a redação antiga, especialmente em razão <strong>de</strong> haver apenas uma<br />

pequena diferença <strong>de</strong> uma letra que se acha envolvida. 16<br />

Uma vez tendo tratado dos gentios, Paulo agora se volta para os<br />

ju<strong>de</strong>us; e a fim <strong>de</strong> refrear seu fútil orgulho com mais eficácia, conce<strong>de</strong>-lhes<br />

todos aqueles privilégios que os extasiavam e os enchiam <strong>de</strong><br />

vanglória. Em seguida lhes mostra quão insuficientes os mesmos são<br />

para se alcançar a genuína glória, e <strong>de</strong>veras o quanto contribuem para<br />

sua <strong>de</strong>sonra. Ao título ju<strong>de</strong>u, Paulo inclui todos os privilégios da nação<br />

que vãmente pretendia esta fossem <strong>de</strong>rivados da lei e dos profetas; e<br />

por este termo ele compreen<strong>de</strong> todos os israelitas, todos aqueles <strong>de</strong><br />

quem eram então, sem distinção, referidos como ju<strong>de</strong>us.<br />

É incerto quando este nome se haja originado, porém é indubitável<br />

que foi usado pela primeira vez após a dispersão. 17 Josefo, em seu livro,<br />

Antigüida<strong>de</strong>s, XI, consi<strong>de</strong>ra que o mesmo originou-se <strong>de</strong> Judas Macabeus<br />

sob cujos auspícios a liberda<strong>de</strong> e a honra do povo, que haviam por algum<br />

tempo perdido a reputação, ficando quase sepultadas, reviveram<br />

15 Esses textos são tomados <strong>de</strong> Isaías 62.5; Ezequiel 36.20.<br />

16 Griesbach <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então <strong>de</strong>scobriu que a maioria dos MSS. é a favor <strong>de</strong>sta redação, e a<br />

adotou. Mas a dificulda<strong>de</strong> é encontrar uma cláusula correspon<strong>de</strong>nte. Não há nenhuma,<br />

exceto a que começa no versículo 21; εἰ δὲ e ον não correspon<strong>de</strong> bem, a não ser que<br />

traduzamos a primeira embora na verda<strong>de</strong>, e a outra, todavia ou não obstante, no sentido<br />

<strong>de</strong> uma adversativa. Ela admitirá este sentido em algumas passagens. Vejam-se Mateus<br />

12.12; 26.54; <strong>Romanos</strong> 10.14.<br />

17 Isso não é muito correto. Foram chamados ju<strong>de</strong>us ainda antes do cativeiro, e durante o<br />

cativeiro, porém mais comum e regularmente <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>le. A palavra ju<strong>de</strong>us ocorre pela<br />

primeira vez em 2 Reis 16.6. Vejam-se Ester 4.3; Jeremias 38.19; Daniel 3.8; Esdras 4.12;<br />

Neemias 2.16.

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