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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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70 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

18. Porque a ira <strong>de</strong> Deus se revela do<br />

céu contra toda impieda<strong>de</strong> e injustiça<br />

dos homens que substituem a<br />

verda<strong>de</strong> pela injustiça;<br />

19. porque o que <strong>de</strong> Deus se po<strong>de</strong><br />

conhecer é manifesto entre eles,<br />

porque Deus lhos manifestou.<br />

20. Pois, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a criação do mundo, os<br />

atributos invisíveis <strong>de</strong> Deus – seu<br />

eterno po<strong>de</strong>r e sua natureza divina<br />

– têm sido claramente vistos, sendo<br />

percebidos através das coisas criadas,<br />

<strong>de</strong> forma que tais homens são<br />

in<strong>de</strong>sculpáveis;<br />

21. porque, tendo conhecimento <strong>de</strong><br />

Deus, não o glorificaram como<br />

Deus, nem lhe <strong>de</strong>ram graças, mas<br />

seus pensamentos tornaram-se fúteis,<br />

e seus corações insensatos se<br />

obscureceram.<br />

22. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos,<br />

23. e trocaram a glória do Deus incorruptível<br />

por imagens feitas<br />

segundo a semelhança do homem<br />

corruptível, bem como <strong>de</strong> pássaros,<br />

quadrúpe<strong>de</strong>s e répteis.<br />

18. Revelatur enim ira Dei e cœlo,<br />

super omnem impietatem et injustitiam<br />

hominum, veritatem Dei<br />

injuste continentium;<br />

19. Quia quod cognoscitur <strong>de</strong> Deo manifestum<br />

est in ipsis: Deus enim illis<br />

manifestavit.<br />

20. Si qui<strong>de</strong>m invisibilia ipsius, ex creatione<br />

mundi operibus intellecta,<br />

conspiciuntur, æterna quoque ejus<br />

potentia, et divinitas; ut sint inexcusabiles.<br />

21. Quoniam quum Deum cognovissent,<br />

non tanquam Deo gloriam<br />

<strong>de</strong><strong>de</strong>runt, aut grati fuerunt; exinaniti<br />

sunt in cogitationibus suis, et<br />

obtenebratum est stultum coreorum.<br />

22. Quum se putarent sapientes, stulti<br />

facti sunt,<br />

23. Et mutaverunt gloriam incorruptibilis<br />

Dei similitudine imaginis<br />

corruptibilis hominis, et volucrum,<br />

et quadrupedum, et serpentum.<br />

18. Porque 32 a ira <strong>de</strong> Deus se revela do céu contra toda impieda<strong>de</strong><br />

e injustiça dos homens. O apóstolo apresenta agora um argumento<br />

32 A conexão aqui não é consi<strong>de</strong>rada muito clara. Stuart pensa que este versículo está conectado,<br />

como o anterior, ao 16, e que ele inclui uma razão por que o Apóstolo não se<br />

envergonhava do evangelho. E Macknight parece ter endossado a mesma opinião, porquanto<br />

traduz γάρ, ao lado <strong>de</strong>. Neste caso, a revelação da ira, proce<strong>de</strong>nte do céu, é a que<br />

é feita por meio do evangelho. Isso certamente dá um sentido às palavras “<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o céu”,<br />

o que dificilmente é feito por qualquer outro ponto <strong>de</strong> vista. Que o evangelho revela ‘ira’,<br />

bem como ‘justiça’ a ser obtida pela fé, é o que está subentendido. Salvação para o crente<br />

e con<strong>de</strong>nação para o incrédulo é sua suma e substância. A objeção feita por Haldane não<br />

tem força alguma – que o Apóstolo subseqüentemente mostra os pecados da humanida<strong>de</strong><br />

cometidos contra a luz da natureza, e não contra o evangelho; pois parece ter trazido<br />

a lume a evidência da luz da natureza a fim <strong>de</strong> confirmar a evidência da luz da revelação.<br />

A expressão é: “A ira <strong>de</strong> Deus é revelada”, e não foi. Veja-se Atos 17.30, 31.<br />

Este é o ponto <strong>de</strong> vista assumido por Turrettin; e Pareus afirma: “Não há nada que nos impe<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> atribuir a revelação da ira, como também a revelação da justiça, ao evangelho.”

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