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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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544 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

permitido usurpar a função <strong>de</strong> exercer juízo, pois nós mesmos nos<br />

submeteremos ao juízo e daremos contas <strong>de</strong> nós mesmos.<br />

O verbo julgar traz diversos significados, e o apóstolo, <strong>de</strong> forma<br />

mui apropriada, o usou em sentidos opostos. Em primeiro lugar,<br />

ele nos proíbe <strong>de</strong> julgar no sentido <strong>de</strong> con<strong>de</strong>nar. Em segundo lugar,<br />

ele nos manda aplicar todo o juízo <strong>de</strong> nossa razão com o fim <strong>de</strong><br />

evitar escândalo. Indiretamente, ele reprova os censores malignos<br />

que empregam toda sua perícia em <strong>de</strong>scobrir erros na vida <strong>de</strong> seus<br />

irmãos. Ele, pois, os intima a exercerem, antes, a prudência, visto<br />

que, por sua negligência, com freqüência têm expostos seus irmãos<br />

a uma jornada por entre as pedras <strong>de</strong> tropeço. 10<br />

14. Eu sei, e estou persuadido no Senhor<br />

Jesus, que nada é <strong>de</strong> si mesmo<br />

impuro, salvo para aquele que assim<br />

o consi<strong>de</strong>ra; para esse é impuro.<br />

15. Se por causa <strong>de</strong> comida teu irmão<br />

se entristece, já não andas segundo<br />

o amor fraterno. Não <strong>de</strong>struas com<br />

tua comida aquele por quem Cristo<br />

morreu.<br />

16. Não seja, pois, vituperado vosso<br />

bem.<br />

17. Porque o reino <strong>de</strong> Deus não é comida<br />

nem bebida, mas justiça e paz e<br />

alegria no Espírito Santo.<br />

18. Pois aquele que <strong>de</strong>sse modo serve a<br />

Cristo é agradável a Deus e aprovado<br />

pelos homens.<br />

14. Novi et persuasus sum in Domino<br />

Iesu, nihil commune per se esse;<br />

nisi qui existimat aliquid esse commune,<br />

ei commune est.<br />

15. Verùm si propter cibum frater tuus<br />

contristatur, jam non secundum<br />

charitatem ambulas; ne cibo tuo<br />

illum perdas, pro quo Christus mortuus<br />

est.<br />

16. Ne vestrum igitur bonum hominum<br />

maledicentiæ sit obnoxium:<br />

17. Non enim est regnum Dei esca et<br />

potus; sed justitia, et pax, et gaudium<br />

in Spiritu Sancto.<br />

18. Qui enim servit per hæc Christo,<br />

acceptus est Deo, et probatus hominibus.<br />

14. Eu sei que nada é <strong>de</strong> si mesmo impuro. Com o fim <strong>de</strong> antecipar<br />

a objeção <strong>de</strong> quem já havia alcançado um progresso tal no evange-<br />

10 As duas palavras, πρόσκομμα e σκάνδαλον, significam quase a mesma coisa, mas com esta<br />

diferença: que a primeira parece ser um empecilho ou obstáculo que ocasiona tropeço<br />

ou queda; e a outra é um obstáculo que interrompe ou impe<strong>de</strong> o avanço no caminho [Mt<br />

16.23]. As duas partes, os fortes e os fracos, estão aqui evi<strong>de</strong>ntemente em questão: os<br />

primeiros não <strong>de</strong>viam, ao comerem, pôr tropeço no caminho dos irmãos fracos; nem os<br />

fracos, ao con<strong>de</strong>narem, <strong>de</strong>viam ser um entrave ou impedimento no caminho dos fortes,<br />

<strong>de</strong> modo que os impedissem <strong>de</strong> continuar seu curso. Assim vemos que a tolerância <strong>de</strong>ve<br />

ser cultivada por ambos os grupos.

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