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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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64 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

condiscípulos sob a égi<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu Mestre, Cristo, a quem, noutro tempo,<br />

não se dignaram consi<strong>de</strong>rar nem mesmo como aprendizes. Em segundo<br />

lugar, os incultos não <strong>de</strong>vem ser excluídos <strong>de</strong>sta escola, nem os cultos<br />

<strong>de</strong>vem evitá-la por infundada apreensão. Se Paulo lhes era <strong>de</strong>vedor, e<br />

– é preciso admitir – <strong>de</strong>vedor <strong>de</strong> boa fé, ele indubitavelmente já quitou<br />

a dívida. Eles, pois, neste caso, <strong>de</strong>scobrirão que serão capazes <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfrutar.<br />

Todos os mestres também têm aqui uma regra a seguir, a saber:<br />

acomodar-se humil<strong>de</strong> e cortesmente ao ignorante e inculto. Ao proce<strong>de</strong>r<br />

assim, suportarão muito mais pacientemente tanta estupi<strong>de</strong>z <strong>de</strong><br />

conduta e passarão por alto os inumeráveis exemplos <strong>de</strong> orgulho, que<br />

<strong>de</strong> outra forma os subjugariam. Entretanto, é <strong>de</strong>ver <strong>de</strong>les lembrar que<br />

suas obrigações para com os ignorantes consistem em que não <strong>de</strong>vem<br />

suportar sua ignorância além da mo<strong>de</strong>ração.<br />

15. Por isso, quanto está em mim, estou disposto 27 a pregar o<br />

evangelho também a vós que estais em Roma. O apóstolo conclui<br />

assim seu tema, expressando seu <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> ir a Roma, visto que isso<br />

constituía parte <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> divulgar o evangelho entre eles a fim<br />

<strong>de</strong> colher frutos para o Senhor, solicitamente <strong>de</strong>sejava cumprir a vocação<br />

divina até on<strong>de</strong> o Senhor lhe permitisse.<br />

16. Porque não me sinto envergonhado<br />

do evangelho, pois ele é o po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> Deus para a salvação <strong>de</strong> todo<br />

aquele que crê; do ju<strong>de</strong>u primeiro,<br />

e também do grego.<br />

17. Pois nele é revelada a justiça <strong>de</strong><br />

Deus <strong>de</strong> fé em fé, como está escrito:<br />

Mas o justo viverá pela fé.<br />

16. Non enim pu<strong>de</strong>t me Evangelii Christi,<br />

quandoqui<strong>de</strong>m potentia est Dei,<br />

in salutem omni cre<strong>de</strong>nti, Iudæo<br />

primum, <strong>de</strong>in<strong>de</strong> Græco.<br />

17. Nam justitia Dei in eo revelatur ex<br />

fi<strong>de</strong> in fi<strong>de</strong>m, sicut scriptum est,<br />

Justus ex fi<strong>de</strong> sua vivet.<br />

16. Não me sinto envergonhado do evangelho [<strong>de</strong> Cristo]. O<br />

apóstolo aqui antecipa uma objeção, <strong>de</strong>clarando <strong>de</strong> antemão que não<br />

se <strong>de</strong>ixava intimidar pelos escárnios dos ímpios. Ao proce<strong>de</strong>r assim,<br />

27 τὸ κατ̕ ἐμὲ πρόθυμον, literalmente: “Quanto a mim há prontidão”; ou, segundo Stuart, “Há<br />

uma prontidão no que respeita a mim.” Mas, “Eu estou pronto”, ou “Eu estou preparado”,<br />

comunica suficientemente o significado, sem as outras palavras: “No que me diz respeito.”<br />

Ao dizer que estava preparado, ele notifica que o evento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> outro, sim, <strong>de</strong> Deus.

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