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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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328 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

19. Pois a ar<strong>de</strong>nte expectativa da criação<br />

aguarda a revelação dos filhos<br />

<strong>de</strong> Deus.<br />

20. Porque a criação está sujeita à vaida<strong>de</strong>,<br />

não voluntariamente, mas por<br />

causa daquele que a sujeitou,<br />

21. na esperança <strong>de</strong> que a própria<br />

criação será também libertada do<br />

cativeiro da corrupção, para a liberda<strong>de</strong><br />

da glória dos filhos <strong>de</strong> Deus.<br />

22. Porque sabemos que toda a criação<br />

geme e suporta angústia até agora.<br />

19. Siqui<strong>de</strong>m intenta expectatio creaturæ,<br />

revelationem filiorum Dei<br />

expectat:<br />

20. Vanitati enim creatura subjecta est<br />

non volens, sed propter eum qui<br />

subjecit ipsam in spe;<br />

21. Quoniam ipsa quoque creatura asseretur<br />

à servitute corruptionis in<br />

libertatem gloriæ filiorum Dei.<br />

22. Novimus enim quòd creatura universa<br />

congemiscit, et ad hunc diem<br />

parturit.<br />

19. A ar<strong>de</strong>nte expectativa da criação. O apóstolo nos instrui<br />

no sentido <strong>de</strong> que temos, até mesmo nas próprias criaturas mudas,<br />

um exemplo <strong>de</strong>sta paciência sobre a qual nos exortara. Omitindo<br />

as diversas interpretações da passagem, entendo-a no seguinte<br />

sentido: “Não há elemento algum em parte alguma do mundo<br />

que, <strong>de</strong>spertado pelo conhecimento <strong>de</strong> sua presente miséria, não<br />

se concentre na esperança da ressurreição.” Paulo, aqui, afirma<br />

duas verda<strong>de</strong>s, ou seja: todas as criaturas labutam, no entanto são<br />

mantidas pela esperança. Destes fatos também percebemos quão<br />

imenso é o valor da glória eterna, a qual é capaz <strong>de</strong> excitar e levar<br />

todas as coisas a <strong>de</strong>sejá-la.<br />

Além do mais, a expressão, ar<strong>de</strong>nte expectativa, embora<br />

pouco usual, possui um significado bastante a<strong>de</strong>quado. O que o<br />

apóstolo tinha em mente é que as criaturas, sentindo uma forte<br />

ansieda<strong>de</strong>, e mantidas em suspenso por um profundo anelo,<br />

aguardam aquele dia em que publicamente será exibida a glória<br />

dos filhos <strong>de</strong> Deus. Ele <strong>de</strong>nomina <strong>de</strong> a revelação dos filhos <strong>de</strong><br />

Deus o momento em que nos assemelharmos a Deus, segundo a<br />

expressão <strong>de</strong> João: “Agora somos filhos <strong>de</strong> Deus, e ainda não se<br />

manifestou o que haveremos <strong>de</strong> ser” [1Jo 3.2]. Retive as palavras<br />

<strong>de</strong> Paulo, visto que a versão <strong>de</strong> Erasmo – até que os filhos <strong>de</strong> Deus<br />

se manifestem – foi, penso eu, mais audaz do que a passagem

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