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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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566 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

menos que estejamos unidos por uma fé sólida e perfeita. Po<strong>de</strong> ser<br />

preferível consi<strong>de</strong>rar ἐν τ πιστεύειν como εἰς τὸ πιστεύειν no sentido<br />

<strong>de</strong> que <strong>de</strong>veriam <strong>de</strong>votar sua paz ao crer. Só quando nos <strong>de</strong>votamos<br />

ao que apren<strong>de</strong>mos com serenida<strong>de</strong>, com alegria e com uma mente<br />

<strong>de</strong>terminada é que realmente nos sentimos preparados para a fé.<br />

É preferível, contudo, conectar a fé com a paz e a alegria, visto que<br />

a fé é o vínculo da santa e legítima concórdia, e a força motriz do<br />

santo gozo. Ainda que a paz referida venha ser aquela que todos<br />

os crentes possuem interiormente com Deus, o contexto nos leva,<br />

antes, à primeira explicação.<br />

Ele adiciona para que sejais ricos <strong>de</strong> esperança, porque a esperança<br />

é assim confirmada e aumentada nos crentes. A frase, no<br />

po<strong>de</strong>r do Espírito Santo, significa que todas estas coisas são dons<br />

da divina munificência. A palavra po<strong>de</strong>r se <strong>de</strong>stina a <strong>de</strong>monstrar<br />

enfaticamente a maravilhosa força pela qual o Espírito Santo produz<br />

em nós fé, esperança e alegria.<br />

14. Eu mesmo estou persuadido. Paulo antecipa uma objeção<br />

aqui; ou, antes, faz uma espécie <strong>de</strong> concessão, com o propósito <strong>de</strong><br />

pacificar os romanos, no caso <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>rem que estavam sendo<br />

censurados por admoestações tão fortes, e portanto estavam sendo<br />

tratados <strong>de</strong> uma forma por <strong>de</strong>mais injusta. Ele, pois, se <strong>de</strong>sculpa por<br />

ter-se aventurado a assumir o caráter <strong>de</strong> um mestre e ministrante<br />

<strong>de</strong> exortação entre eles. Diz ele que se portara assim não porque<br />

tivesse alguma dúvida da sabedoria, bonda<strong>de</strong> ou perseverança <strong>de</strong>les,<br />

mas porque era seu <strong>de</strong>ver compeli-los. E assim ele remove toda<br />

suspeita <strong>de</strong> pretensão, a qual se revela particularmente quando<br />

alguém se intromete nos negócios alheios ou trata <strong>de</strong> problemas<br />

que não lhe dizem respeito. No caso <strong>de</strong> Paulo, po<strong>de</strong>mos ver a admirável<br />

discrição <strong>de</strong>ste santo homem, que vivia contente ainda que<br />

não <strong>de</strong>sfrutasse <strong>de</strong> nenhuma reputação, contanto que a doutrina<br />

da, como em 1 Timóteo 6.17.<br />

Por que ele faz menção <strong>de</strong> alegria antes <strong>de</strong> paz? Está em harmonia com seu modo usual –<br />

o mais visível, a fonte primeira, então o mais oculto, a origem.

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