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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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Capítulo 3 • 157<br />

<strong>de</strong>tém o nome e a honra <strong>de</strong> ser justo, ao mesmo tempo em que toda<br />

a raça humana se acha con<strong>de</strong>nada por sua injustiça [inerente]. A<br />

segunda parte refere-se à comunicação da justiça, pois Deus <strong>de</strong> forma<br />

alguma oculta suas riquezas em seu Ser, senão que as <strong>de</strong>rrama<br />

sobre todo o gênero humano. A justiça divina, pois, resplan<strong>de</strong>ce em<br />

nós na medida em que Deus nos justifica por meio da fé em Cristo,<br />

pois este haveria sido dado em vão, para nossa justiça, caso não o<br />

usufruíssemos, por meio da fé. Segue-se disso que todos os homens,<br />

inerentemente, são injustos e estão perdidos, até que o remédio<br />

celestial lhes seja oferecido. 35<br />

27. On<strong>de</strong>, pois, a vanglória? Está excluída.<br />

Por que gênero <strong>de</strong> lei? das<br />

obras? Não, pelo contrário, pela lei<br />

da fé.<br />

28. Concluímos, pois, que o homem é<br />

justificado por meio da fé, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

das obras da lei.<br />

27. Ubi ergo gloriatio? 36 exclusa est.<br />

Per quam legem? operum? Nequaquam;<br />

sed per legem fi<strong>de</strong>i.<br />

28. Constituimus ergo, fi<strong>de</strong> justificari<br />

hominem sine operibus Legis.<br />

27. On<strong>de</strong>, pois, a vanglória? Tendo uma vez privado todos os<br />

homens da confiança nas obras, com razões suficientemente conclusivas,<br />

o apóstolo agora os reprova em face <strong>de</strong> sua vaida<strong>de</strong>. Sua exclamação,<br />

neste ponto, era indispensável, pois teria sido insuficiente,<br />

neste caso, que lhes ministrasse seu ensino, se o Espírito Santo não<br />

bombar<strong>de</strong>asse nosso orgulho com fulminante veemência, com o fim<br />

<strong>de</strong> lançá-lo abaixo. A vanglória, diz ele, é, sem sombra <strong>de</strong> dúvida, <strong>de</strong><br />

35 Uma passagem paralela a esta, inclusive os dois versículos, 25 e 26, se encontra em Hebreus<br />

9.15; on<strong>de</strong> uma referência, como aqui, é feita ao efeito da morte <strong>de</strong> Cristo quanto<br />

aos santos sob o Velho Testamento. A mesma verda<strong>de</strong> está implícita em outras partes da<br />

Escritura, mas não tão expressamente <strong>de</strong>clarado.<br />

Stuart faz aqui uma importante observação, dizendo que a morte <strong>de</strong> Cristo é consi<strong>de</strong>rada<br />

só como a <strong>de</strong> um mártir ou como um exemplo <strong>de</strong> constância, como, pois, po<strong>de</strong>ria sua<br />

eficácia apontar para “os pecados já passados”? De nenhuma outra forma, senão como<br />

uma morte vicária, po<strong>de</strong>ria possivelmente ter algum efeito sobre os pecados passados,<br />

não punidos através da paciência <strong>de</strong> Deus.<br />

36 Gloriatio – καύχησις – se gloriando – se gabando ou se regozijando. “O resultado do plano<br />

evangélico da salvação é obliterar toda auto-aprovação, autogratificação e exaltação por<br />

parte do pecador.” – Hodge.

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