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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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114 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

nome <strong>de</strong> Deus, no entanto o <strong>de</strong>sonram no meio do povo através <strong>de</strong> sua<br />

abjeta conduta.” É algo monstruoso que aqueles cuja glória se <strong>de</strong>riva <strong>de</strong><br />

Deus sejam veículos <strong>de</strong> profanação para o seu santo nome. De qualquer<br />

forma, ele merecia receber <strong>de</strong>les uma retribuição muito diferente <strong>de</strong>sta. 23<br />

25. De fato, a circuncisão será proveitosa<br />

se fores observador da lei;<br />

porém, se fores um transgressor da<br />

lei, tua circuncisão se transformará<br />

em incircuncisão.<br />

26. Se, pois, a incircuncisão guarda as<br />

or<strong>de</strong>nanças da lei, não será consi<strong>de</strong>rada<br />

circuncisão?<br />

27. E a incircuncisão que o é por natureza,<br />

se cumprir a lei, não te julgará<br />

a ti, que pela letra e circuncisão és<br />

transgressor da lei?<br />

28. Porque não é ju<strong>de</strong>u o que o é exteriormente,<br />

nem é circuncisão a que<br />

o é exteriormente na carne.<br />

29. Mas é ju<strong>de</strong>u o que o é interiormente;<br />

e circuncisão a que o é no<br />

coração, no espírito, não na letra;<br />

cujo louvor não provém dos homens,<br />

mas <strong>de</strong> Deus.<br />

25. Nam circumcisio qui<strong>de</strong>m pro<strong>de</strong>st,<br />

si Legem observes; quod si transgressor<br />

Legis fueris, circumcisio<br />

tua in præputium versa est.<br />

26. Si ergo præputium justitias Legis<br />

servarerit, nonne præputium ejus<br />

pro circumcisione censebitur?<br />

27. Et judicabit quod ex natura est<br />

præputium (si Legem servaverit) te<br />

qui per literam et circumcisionem<br />

transgressor es Legis?<br />

28. Non enim qui est in aperto Iudæus<br />

est; nec quæ in aperto est circumcisio<br />

in carne, ea est circumcisio:<br />

29. Sed qui est in occulto Iudæus; et<br />

circumcisio cordis in spiritu non<br />

litera; cujus laus non ex hominibus<br />

est sed ex Deo.<br />

23 Sobre esta notável passagem, Haldane tem estas observações muito apropriadas, justas<br />

e notáveis:<br />

“O Apóstolo, nestes versículos, exibe a vivíssima imagem da hipocrisia. Já houve um véu<br />

mais belo do que aquele sob o qual o ju<strong>de</strong>u se apresenta? Ele é um homem <strong>de</strong> confissão,<br />

<strong>de</strong> louvor, <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> graças – um homem cuja confiança está na lei, cuja vanglória está<br />

em Deus, que conhece sua vonta<strong>de</strong>, que aprova as coisas que são excelentes. Um homem<br />

que se <strong>de</strong>nomina <strong>de</strong> condutor do cego, luz dos que vivem em trevas, um instrutor do<br />

ignorante, um mestre <strong>de</strong> bebês. Um homem que dirige outros, que prega contra o roubo,<br />

contra o adultério, contra a idolatria e, sumariando tudo, um homem que se gloria<br />

nos mandamentos do Senhor. Quem não diria que este é um anjo manifestado em forma<br />

humana – uma estrela <strong>de</strong>sprendida do firmamento e trazida para mais perto a fim <strong>de</strong> iluminar<br />

a terra? Observe-se, porém, o que está oculto sob essa máscara. É um homem que<br />

não ensina a si mesmo; é um ladrão, um adúltero, um sacrílego; numa palavra, um perverso<br />

que continuamente <strong>de</strong>sonra a Deus pela transgressão <strong>de</strong> sua lei. É possível imaginar<br />

um contraste mais monstruoso do que entre essas aparências e essa terrível realida<strong>de</strong>?”<br />

Certamente que não. Mas é um contraste que ainda existe, com várias modificações, em<br />

muitos exemplos. É preciso observar que, quando o autor chama o ju<strong>de</strong>u “um homem <strong>de</strong><br />

confissão, <strong>de</strong> louvor, <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> graças”, sua alusão é à essência da palavra ju<strong>de</strong>u, em hebraico,<br />

que se <strong>de</strong>riva <strong>de</strong> um verbo que inclui essas idéias; e alguns supõem que há uma alusão<br />

nas últimas palavras do capítulo: “cujo louvor” etc., que é o significado do nome [ju<strong>de</strong>u].

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