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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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Capítulo 1 • 59<br />

faço menção <strong>de</strong> vós”. 23 Ele não está falando aqui <strong>de</strong> qualquer invocação<br />

a Deus, mas daquelas orações a quê os santos espontaneamente<br />

se <strong>de</strong>votam. É provável que o apóstolo exprimisse alguma oração exclamativa,<br />

com certa freqüência, sem se lembrar dos romanos; mas,<br />

sempre que orava a Deus, com <strong>de</strong>liberada premeditação, lembrava-se<br />

tanto <strong>de</strong>les quanto <strong>de</strong> outros. Ele fala, portanto, particularmente <strong>de</strong><br />

orações. É principalmente à oração que os santos <strong>de</strong>liberadamente se<br />

<strong>de</strong>votam, ainda mais quando vemos que o Senhor mesmo buscava um<br />

lugar <strong>de</strong> retiro para o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> tal propósito. Ao mesmo tempo,<br />

contudo, Paulo <strong>de</strong>nota a freqüência ou, melhor, a continuida<strong>de</strong> em seu<br />

hábito <strong>de</strong> orar, afirmando que se <strong>de</strong>votava à oração incessantemente.<br />

10. Em minhas orações em todo tempo. É improvável que nos<br />

preocupemos sinceramente em promover o bem-estar daqueles a<br />

quem não estamos igualmente dispostos a auxiliar por meio <strong>de</strong> nossos<br />

esforços pessoais. Tendo afirmado, pois, que estava solícito pelo<br />

bem-estar dos romanos, Paulo agora acrescenta que está <strong>de</strong>monstrando<br />

seu amor por eles aos olhos <strong>de</strong> Deus, <strong>de</strong> outra forma, ou, seja:<br />

requerendo que ele mesmo lhes seja útil. Para que o pleno sentido da<br />

passagem se sobressaia, é preciso que se acrescente o termo também,<br />

ficando assim a leitura: “Fazendo também súplica para que, <strong>de</strong> alguma<br />

forma, eu seja, pela vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, bem sucedido na viagem.” Ao<br />

expressar-se assim, ele mostra que não só esperava ter êxito em sua<br />

viagem, favorecido pela graça <strong>de</strong> Deus, mas que também visualiza o<br />

êxito <strong>de</strong> sua viagem pelo prisma da aprovação do Senhor.<br />

11. Pois anseio ver-vos. Embora ausente, ele po<strong>de</strong>ria ter confirmado<br />

a fé <strong>de</strong>les por meio <strong>de</strong> sua instrução doutrinal; visto, porém, que<br />

23 A or<strong>de</strong>m das palavras, como organizadas por Calvino, é melhor do que a <strong>de</strong> nossa versão.<br />

Ele conecta “sempre em minhas orações”, ou “em todas minhas orações”, com “suplicar”.<br />

A tradução mais simples seria como segue:<br />

9. Deveras minha testemunha é Deus, a quem sirvo com meu espírito no<br />

10. evangelho <strong>de</strong> seu Filho, que faço incessantemente menção <strong>de</strong> vós, suplicando<br />

sempre em minhas orações, para que, <strong>de</strong> alguma maneira, eu possa agora, por<br />

fim, pela vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, ter livre curso em ir ter convosco.<br />

“No evangelho.” Hodge prefere a primeira. A partícula ει significa claramente “que” nesta<br />

conexão. Que é usada neste sentido no Novo Testamento não fica nenhuma sombra <strong>de</strong><br />

dúvida; ver Atos 26.8, 23; Hebreus 7.15.

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