27.05.2014 Views

Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Capítulo 8 • 337<br />

27. E aquele que sonda os corações<br />

sabe qual é a mente do Espírito;<br />

porque, segundo a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus<br />

é que ele interce<strong>de</strong> pelos santos.<br />

27. Qui verò scrutatur corda, novit<br />

cogitationem Spiritus, quòd secundum<br />

Deum intercedit pro sanctis.<br />

26. Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa<br />

fraqueza. Com o fim <strong>de</strong> evitar que os crentes aleguem que são<br />

<strong>de</strong>masiadamente frágeis para serem qualificados a suportar fardos<br />

tão pesados, o apóstolo põe diante <strong>de</strong>les o auxílio do Espírito, o qual<br />

é plenamente suficiente para vencer todas as dificulda<strong>de</strong>s. Não há,<br />

pois, razão alguma para que nos queixemos <strong>de</strong> que carregar a cruz é<br />

algo que está além <strong>de</strong> nossas forças, uma vez que somos fortalecidos<br />

com o po<strong>de</strong>r celestial. A palavra grega συναντιλαμβάνεται é muito<br />

forte. O Espírito mesmo toma parte em levar o fardo que <strong>de</strong>bilita<br />

nossas forças e aumenta nossa <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>, e não só nos fornece<br />

ajuda e socorro, mas também nos soergue, como se ele mesmo<br />

agüentasse o fardo conosco. 27 A palavra enfermida<strong>de</strong>s [fraquezas],<br />

no plural, aumenta a força da expressão. Visto que a experiência<br />

nos revela que, a não ser que sejamos protegidos pela mão divina,<br />

somos por <strong>de</strong>mais oprimidos por inúmeros males, Paulo nos<br />

admoesta que, embora sejamos fracos em cada parte e diversas<br />

enfermida<strong>de</strong>s ameacem fazer-nos cair, há suficiente proteção no<br />

Espírito <strong>de</strong> Deus para impedir-nos <strong>de</strong> sermos sempre <strong>de</strong>struídos ou<br />

<strong>de</strong> vivermos <strong>de</strong>sanimados por algum acúmulo <strong>de</strong> males. Mas estes<br />

recursos do Espírito nos instruem com mui sólida certeza <strong>de</strong> que é<br />

pelo <strong>de</strong>sígnio divino que nos esforçamos com gemidos e suspiros<br />

em razão <strong>de</strong> nossa re<strong>de</strong>nção.<br />

27 Pareus diz que este verbo é tomado no sentido metafórico <strong>de</strong> assistência oferecida a<br />

criancinhas não aptas ao auto-sustento, ou enfermas, titubeantes e dificilmente capazes<br />

<strong>de</strong> andar.<br />

“Coopitulatur” é o latim <strong>de</strong> Calvino – “co-assistente”; “una sublevat <strong>de</strong> Beza – levantar<br />

juntos”, isto é, juntamente com aqueles que labutam sob enfermida<strong>de</strong>s. A Vulgata tem<br />

“adjuvat – auxílios”, como nossa versão. Schleusner diz que ela significa socorrer àqueles<br />

cuja força é insuficiente para carregar seu fardo sozinhos. Ela se encontra em um outro<br />

lugar [Lc 10.40]. É dada pela Septuaginta no Salmo 89.21, para ma – fortalecer, revigorar”;<br />

e em xodo 18.22, para ta an – ‘suportar’, isto é, “um fardo contigo” – a mesma idéia que<br />

parece ter aqui.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!