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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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406 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

recebeu <strong>de</strong> seus ancestrais. Esses, contudo, haviam sido tratados<br />

<strong>de</strong> tal maneira que o profeta se queixa <strong>de</strong> que suas aflições tinham<br />

sido <strong>de</strong> tal vulto que os reduziram quase à <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> Sodoma e<br />

Gomorra. Havia, contudo, uma diferença, ou, seja: uns poucos foram<br />

preservados como semente para ressuscitar o nome <strong>de</strong> Israel, <strong>de</strong><br />

modo que não perecesse totalmente ou fosse varrido pelo esquecimento.<br />

Além disso, era necessário que Deus, lembrando <strong>de</strong> suas<br />

promessas, manifestasse sua misericórdia em meio aos seus mais<br />

severos juízos.<br />

30. Que diremos, pois? Que os gentios,<br />

que não buscavam a justiça, vieram<br />

a alcançá-la, todavia aquela que<br />

proce<strong>de</strong> da fé;<br />

31. e Israel, que buscava a lei <strong>de</strong> justiça,<br />

não chegou a atingir essa lei.<br />

32. Por quê? Porque não <strong>de</strong>correu da<br />

fé, e, sim, como que das obras. Tropeçaram<br />

na pedra <strong>de</strong> tropeço,<br />

33. como está escrito: Eis que ponho<br />

em Sião uma pedra <strong>de</strong> tropeço e rocha<br />

<strong>de</strong> ofensa, e aquele que nela crê<br />

não será envergonhado.<br />

30. Quid ergo dicemus? Quòd gentes<br />

quæ non sectabantur justitiam,<br />

a<strong>de</strong>ptæ sunt justitiam, justitiam autem<br />

ex fi<strong>de</strong>:<br />

31. Israel autem sectando legem justitiæ,<br />

ad legem justitæ non pervenit.<br />

32. Quare? Quia non ex fi<strong>de</strong>, sed quasi<br />

ex operibus; offen<strong>de</strong>runt enim ad<br />

lapi<strong>de</strong>m offensionis:<br />

33. Quemadmodum scriptum est, Ecce<br />

pono in Sion lapi<strong>de</strong>m offensionis<br />

et petram offendiculi: et omnis qui<br />

credi<strong>de</strong>rit in eum non pu<strong>de</strong>fiet.<br />

30. Que diremos, pois? A fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar os ju<strong>de</strong>us sem qualquer<br />

chance <strong>de</strong> queixar-se <strong>de</strong> Deus, o apóstolo agora se põe a explicar <strong>de</strong><br />

maneira compreensível à inteligência humana por que a nação judaica<br />

foi assim rejeitada. Os que tentam estabelecer e exaltar aquelas<br />

causas acima da pre<strong>de</strong>stinação secreta <strong>de</strong> Deus (a qual <strong>de</strong>ve, como<br />

Paulo já nos ensinou, ser consi<strong>de</strong>rada a causa mais preeminente),<br />

estão laborando em erro e revertendo a or<strong>de</strong>m divina. Porém, como<br />

a pre<strong>de</strong>stinação secreta <strong>de</strong> Deus se acha acima das <strong>de</strong>mais causas,<br />

assim a corrupção e a perversida<strong>de</strong> dos ímpios fornecem uma base<br />

e abre caminho para os juízos divinos. Visto que o tema <strong>de</strong> Paulo era<br />

difícil e <strong>de</strong>licado, ele consulta seus leitores e, como se ainda tivesse<br />

dúvida, pergunta o que ele po<strong>de</strong>ria dizer aqui.

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