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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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560 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

ensina o que são a genuína consolação e paciência, e então inspira<br />

e implanta este ensino em nossos corações. Tendo exortado e admoestado<br />

os crentes <strong>de</strong> Roma ao cumprimento <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>ver, Paulo<br />

agora se volta para a oração. Ele sabia perfeitamente que qualquer<br />

discussão em torno do <strong>de</strong>ver individual redundaria em nada, a menos<br />

que Deus opere interiormente por seu Espírito o que ele expressou<br />

pela instrumentalida<strong>de</strong> da voz humana. A principal ênfase <strong>de</strong> sua<br />

oração consiste em que as mentes dos crentes <strong>de</strong>sfrutem <strong>de</strong> genuína<br />

harmonia e para que aprendam a concordância mútua. Ao mesmo<br />

tempo, também mostra qual o vínculo <strong>de</strong>sta unida<strong>de</strong>, a saber: que<br />

sejam unânimes segundo Cristo Jesus. Qualquer acordo que seja<br />

feito à parte <strong>de</strong> Deus é indigno; e por “à parte <strong>de</strong> Deus” quero dizer<br />

aquele acordo que ignora sua verda<strong>de</strong>. 5<br />

Para tornar nossa união em Cristo ainda mais recomendável,<br />

Paulo nos ensina quão indispensável é ela, visto que não po<strong>de</strong>mos<br />

glorificar genuinamente a Deus a menos que os corações <strong>de</strong> todos os<br />

crentes estejam unidos para seu louvor, e suas línguas se expressem<br />

em perfeita harmonia. Não há razão, pois, para alguém blasonar que<br />

glorificará a Deus a seu próprio modo, pois Deus dá um valor tão<br />

elevado à unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus servos que não permitirá que sua glória<br />

seja proclamada em meio a discórdias e controvérsias. Este pensamento<br />

por si só <strong>de</strong>veria ser suficiente para dominar os excessos<br />

<strong>de</strong> discórdias e controvérsias que ocupam as mentes <strong>de</strong> muitos em<br />

nossa presente época.<br />

7. Portanto acolhei-vos uns aos outros,<br />

como também Cristo vos acolheu,<br />

para a glória <strong>de</strong> Deus.<br />

8. Digo, pois, que Cristo foi constituído<br />

ministro da circuncisão, em prol da<br />

verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, para confirmar as<br />

promessas feitas aos pais,<br />

7. Itaque suscipite vos mutuò, quemadmodum<br />

Christus vos suscepit, in<br />

gloriam Dei.<br />

8. Dico autem Iesum Christum ministerium<br />

fuisse circumcisionis super<br />

veritate Dei ad promissiones Patrum<br />

confirmandas:<br />

5 Há uma diferença <strong>de</strong> opinião quanto à unida<strong>de</strong> contemplada aqui, se a <strong>de</strong> sentimento<br />

ou opinião. A frase τὸ αὐτὸ φρονεν ocorre nos seguintes lugares: <strong>Romanos</strong> 12.16; 15.5; 2<br />

Coríntios 13.11; Filipenses 2.2; 3.16; 4.2.

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