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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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Capítulo 10 • 433<br />

18. Pergunto, porém: Porventura não<br />

ouviram? Sim, certamente. Por toda<br />

a terra se fez ouvir sua voz, e suas<br />

palavras até aos confins do mundo.<br />

19. Pergunto mais: Israel não tomou conhecimento?<br />

Já Moisés dissera: Eu<br />

vos porei em ciúmes com um povo<br />

que não é nação, com uma nação<br />

sem entendimento vos provocarei<br />

à ira.<br />

20. E Isaías a mais se atreve, e diz:<br />

Fui achado pelos que não me procuravam;<br />

revelei-me aos que não<br />

perguntavam por mim.<br />

21. Quanto a Israel, porém, diz: Todo<br />

dia estendi minhas mãos a um povo<br />

rebel<strong>de</strong> e contradizente.<br />

18. Sed dico, Nunquid non audierunt?<br />

Quinimo, In omnem terram exivit<br />

sonus eorum, et in fines orbis verba<br />

eorum.<br />

19. Sed dico, Nunquid non cognovit<br />

Israel? Primus Moses dicit, Ego ad<br />

æmulationem provocabo vos in eo<br />

qui non est populus, et in gente<br />

stulta irritabo vos.<br />

20. Iesaias autem au<strong>de</strong>t et dicit, Inventus<br />

sum à non quærentibus me,<br />

conspicuus factus sum iis qui me<br />

non interrogabant.<br />

21. De Israele autem dicit, Quotidie<br />

expandi manus meas ad populum<br />

contumacem et contradicentem<br />

(vel, non cre<strong>de</strong>ntem).<br />

18. Pergunto, porém: Porventura não ouviram? Visto que a<br />

pregação imbui as mentes humanas do conhecimento <strong>de</strong> Deus, o qual<br />

por si só as leva a invocar a Deus, restava a pergunta se porventura<br />

a verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus havia sido proclamada aos gentios. Os ju<strong>de</strong>us se<br />

sentiam rancorosamente ofendidos com a medida usual que Paulo<br />

tomava ao dirigir-se aos gentios. Ele, pois, formula a pergunta se<br />

porventura Deus nunca havia dirigido antes sua voz aos gentios e <strong>de</strong>sempenhado<br />

a função <strong>de</strong> Mestre do mundo inteiro. Com o propósito<br />

<strong>de</strong> mostrar que a escola na qual Deus reúne alunos para si <strong>de</strong> todas<br />

as partes do mundo se acha aberta a todos, também cita o testemunho<br />

do salmista do Salmo 19.4. Isto parece ter pouca conexão com<br />

o tema. O salmista não está falando, nesta passagem, <strong>de</strong> apóstolos,<br />

e, sim, das obras silenciosas <strong>de</strong> Deus, nas quais, diz ele, a glória <strong>de</strong><br />

Deus se mostra tão claramente que é possível dizer que possuem<br />

sua própria língua com que <strong>de</strong>clarar os atos do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Deus.<br />

Intérpretes antigos, seguidos por escritores mo<strong>de</strong>rnos, foram levados<br />

por esta passagem <strong>de</strong> Paulo a explicar todo o Salmo em termos<br />

alegóricos. Daí, o sol saindo como um noivo <strong>de</strong> seus aposentos era sem

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