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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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Capítulo 14 • 549<br />

19. Assim, pois, seguimos as coisas que<br />

contribuem para a paz e para a edificação<br />

uns dos outros.<br />

20. Não <strong>de</strong>struas a obra <strong>de</strong> Deus por<br />

causa da comida. É verda<strong>de</strong> que<br />

todas as coisas são limpas, mas é<br />

nocivo para o homem comer com<br />

escândalo.<br />

21. É bom não comer carne, nem beber<br />

vinho, nem fazer qualquer outra<br />

coisa com que teu irmão venha a<br />

tropeçar.<br />

19. Proin<strong>de</strong> quæ pacis sunt, et ædificationis<br />

mutuæ, sectemur.<br />

20. Ne propter cibum <strong>de</strong>struas opus<br />

Dei. Omnia qui<strong>de</strong>m pura, sed malum<br />

est homini qui per offensionem<br />

vescitur.<br />

21. Bonum est non e<strong>de</strong>re carnem, nec<br />

vinum bibere, 15 nec aliud facere in<br />

quo frater tuus concidat, vel offendatur,<br />

vel infirmetur.<br />

19. Assim, pois, seguimos as coisas que contribuem para a paz.<br />

O apóstolo agora usa <strong>de</strong> muita habilida<strong>de</strong> para levar-nos a volver<br />

a atenção da mera consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> comidas para aqueles dotes<br />

mais elevados que <strong>de</strong>vem assumir o plano em todas nossas ações,<br />

a fim <strong>de</strong> que os mesmos exerçam o comando <strong>de</strong> nossa conduta. É<br />

mister que comamos para viver; é mister que vivamos para servir<br />

ao Senhor. Tal pessoa serve ao Senhor para a edificação <strong>de</strong> seu próximo<br />

pela <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> bonda<strong>de</strong> e cortesia. Em ambas estas<br />

coisas – harmonia e edificação – se acham embutidos quase todos<br />

os <strong>de</strong>veres do amor. Para impedir que isso fosse tido como algo <strong>de</strong><br />

pouca importância, o apóstolo reitera a opinião que expressara antes,<br />

a saber: que o alimento corruptível é <strong>de</strong> pouquíssimo valor para ser<br />

causa da <strong>de</strong>struição do edifício do Senhor. On<strong>de</strong> houver mesmo que<br />

seja uma pequena fagulha <strong>de</strong> pieda<strong>de</strong> [cristã], aí po<strong>de</strong>mos discernir<br />

a obra <strong>de</strong> Deus; e aqueles que perturbam a consciência <strong>de</strong> alguém,<br />

por ser ainda mui débil, por meio <strong>de</strong> uma conduta inconseqüente,<br />

<strong>de</strong>stroem esta obra <strong>de</strong> Deus.<br />

É mister que notemos agora como o apóstolo conecta edificação<br />

com paz, visto que ocasionalmente os que se mostram tão generosos<br />

em fazer concessões uns aos outros trazem muito prejuízo com<br />

15 Jerônimo às vezes empregava a primeira parte <strong>de</strong>ste versículo com o propósito <strong>de</strong> estimular<br />

o monasticismo; e ao <strong>de</strong>sconectá-lo <strong>de</strong> seu contexto, ele obteve uma passagem<br />

bem a<strong>de</strong>quada a seu propósito. Inclusive Erasmo con<strong>de</strong>nou tão vergonhosa perversão.

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