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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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Capítulo 6 • 257<br />

vel, pois acredito que Paulo está se referindo à expressa imagem da<br />

justiça que Cristo imprime em nossos corações. Isso correspon<strong>de</strong><br />

à norma prescrita da lei, segundo a qual todas nossas ações <strong>de</strong>vem<br />

ser conformadas, <strong>de</strong> tal sorte que não se virem nem para a direita<br />

nem para a esquerda.<br />

18. Uma vez libertados do pecado. O sentido consiste no absurdo<br />

<strong>de</strong> alguém continuar na escravidão <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> haver conquistado<br />

sua liberda<strong>de</strong>. O cristão <strong>de</strong>ve manter o estado <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> que<br />

recebeu. Portanto, não é coerente que os crentes sejam mantidos<br />

novamente sob o domínio do pecado, do qual já foram postos em<br />

liberda<strong>de</strong> por Cristo. O argumento aqui se <strong>de</strong>riva da causa eficiente,<br />

e o argumento que segue se <strong>de</strong>riva da causa final, a saber: “Foste<br />

libertado da escravidão do pecado a fim <strong>de</strong> te converteres em reino<br />

da justiça. É justo, pois, que te esqueças completamente do pecado,<br />

e te voltes <strong>de</strong> todo teu coração para a justiça, ao serviço da qual<br />

foste engajado.”<br />

Deve-se notar que ninguém po<strong>de</strong> servir à justiça a não ser que<br />

seja antes libertado da tirania do pecado, pelo po<strong>de</strong>r e benevolência<br />

<strong>de</strong> Deus, como Cristo mesmo testifica: “Se, pois, o Filho vos libertar,<br />

verda<strong>de</strong>iramente sereis livres” [Jo 8.36]. Se o início da virtu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do ato <strong>de</strong> livramento que somente a graça divina po<strong>de</strong><br />

efetuar, como nos prepararemos para receber esta graça pelo po<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> nosso livre-arbítrio?<br />

19. Falo como homem, por causa da<br />

fraqueza <strong>de</strong> vossa carne. Assim<br />

como oferecestes vossos membros<br />

para a escravidão da impureza, e<br />

da iniqüida<strong>de</strong> para a iniqüida<strong>de</strong>, assim<br />

oferecei agora vossos membros<br />

como servos da justiça para a santificação.<br />

19. Humanum dico propter infirmitatem<br />

carnis vestræ, quemadmodum<br />

exhibuistis membra vestra serva<br />

immunditiæ et iniquitati in iniquitatem,<br />

sic et nunc exhibite membra<br />

vesta serva justitiæ in sanctificationem.<br />

19. Falo como homem. Ele afirma que está se expressando à<br />

maneira dos homens no tocante à forma, mas não à substância. Assim

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