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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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Capítulo 4 • 175<br />

provindas da remissão dos pecados. É <strong>de</strong>sta forma que nos tornamos<br />

qualificados para usufruir as beatitu<strong>de</strong>s que o Senhor promete a seus<br />

servos que levam em conta sua diligente atenção voltada para a lei<br />

e para as boas obras. A justiça [proce<strong>de</strong>nte] das obras, portanto, é<br />

o resultado da justiça [proce<strong>de</strong>nte] da fé, e a beatitu<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>nte<br />

das obras é o resultado da beatitu<strong>de</strong> que consiste na remissão dos<br />

pecados. Se a causa não <strong>de</strong>ve e nem po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>struída por seus<br />

próprios efeitos, as intenções daqueles que se esforçam em <strong>de</strong>struir<br />

a justiça [proce<strong>de</strong>nte] da fé em favor [da justiça proce<strong>de</strong>nte] das<br />

obras estão completamente equivocadas.<br />

Alguém po<strong>de</strong>ria perguntar: “Por que não po<strong>de</strong>mos usar tais citações<br />

como prova <strong>de</strong> que o homem é justificado e abençoado pelas<br />

obras? Porquanto os termos da Escritura <strong>de</strong>claram que o homem é<br />

justificado e abençoado tanto pelas obras quanto pela fé e misericórdia<br />

<strong>de</strong> Deus.” Consi<strong>de</strong>remos aqui tanto a or<strong>de</strong>m das causas como<br />

a dispensação da graça <strong>de</strong> Deus. Nenhuma <strong>de</strong>claração, seja sobre<br />

a justiça [proce<strong>de</strong>nte] das obras, seja sobre a bem-aventurança<br />

oriunda <strong>de</strong> sua prática, tem qualquer efeito a não ser que esta justiça<br />

tão-somente cumpra todas suas funções. Portanto, eis o que<br />

se <strong>de</strong>ve sustentar e estabelecer, para que a justiça proce<strong>de</strong>nte das<br />

obras possa crescer e revelar a justiça proce<strong>de</strong>nte da fé, como o<br />

fruto revela a árvore.<br />

9. Esta bênção, pois, é pronunciada exclusivamente<br />

8 sobre os circuncisos,<br />

ou também sobre os incircuncisos?<br />

visto que dizemos: A fé foi imputada<br />

a Abraão para justiça.<br />

10. Como, pois, lhe foi imputada? estando<br />

ele já circuncidado ou ainda incircunciso?<br />

Não no regime da circuncisão,<br />

e, sim, quando incircunciso.<br />

9. Beatudo ergo ista in circumcisionem<br />

modò, an et in præputium competit?<br />

Dicimus enim quòd imputata<br />

fuit Abrahæ fi<strong>de</strong>s in justitiam.<br />

10. Quomodo igitur imputata fuit? in<br />

circumcisione quum esset, an in<br />

præputio? non in circumcisione,<br />

sed in præputio.<br />

8 Este ‘exclusivamente’ não está no original, mas é usado pala maioria dos comentaristas;<br />

contudo não é necessário, nem faz consistente o significado com o que se segue no versículo<br />

10.

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