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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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326 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

discute mais plenamente na primeira Epístola aos Coríntios. Esta<br />

Epístola também produz uma explicação mais plena da presente<br />

passagem. Portanto, a proposição permanece: ninguém po<strong>de</strong> ser<br />

chamado filho <strong>de</strong> Deus se não se reconhece como tal. A este reconhecimento<br />

João chama <strong>de</strong> conhecimento, a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>notar sua<br />

certeza [1Jo 5.19,20].<br />

17. E se somos filhos, então somos her<strong>de</strong>iros. O apóstolo prova,<br />

a partir <strong>de</strong> um argumento extraído <strong>de</strong> circunstâncias relacionadas<br />

com o que havia dito ou que se segue <strong>de</strong>le, que nossa salvação consiste<br />

em termos Deus como nosso Pai. É a filhos que uma herança se<br />

<strong>de</strong>stina. Quando, pois, Deus nos adotou como seus filhos, também,<br />

ao mesmo tempo, <strong>de</strong>stinou-nos uma herança. Ele, pois, indica que<br />

sorte <strong>de</strong> herança é esta, ou seja: é celestial e, portanto, incorruptível<br />

e eterna, como uma herança que nos foi manifestada em Cristo.<br />

Por meio <strong>de</strong>sta manifestação, não só se remove toda e qualquer<br />

incerteza, mas a excelência <strong>de</strong>sta herança, da qual compartilhamos<br />

com o Unigênito Filho <strong>de</strong> Deus, é também enaltecida. O propósito<br />

do apóstolo, contudo, que em seguida surgirá mais claramente, é<br />

enaltecer supremamente a herança que nos foi prometida, <strong>de</strong> modo<br />

que, vivendo satisfeitos com ela, <strong>de</strong>sprezemos com ousadia e <strong>de</strong>terminação<br />

as atrações <strong>de</strong>ste mundo, e suportemos com paciência<br />

todas aquelas tribulações que porventura nos sobrevenham em<br />

nossas andanças pelas veredas <strong>de</strong>ste mundo.<br />

Se com ele sofrermos. Esta passagem oferece várias interpretações;<br />

porém, o sentido que apoio, antes que qualquer outro, é este:<br />

“Somos co-her<strong>de</strong>iros com Cristo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que caminhemos com ele<br />

naquela vereda para a qual nos guiou, discernindo a natureza <strong>de</strong> nossa<br />

herança.” Ele fez esta menção <strong>de</strong> Cristo porque pretendia passar<br />

para esta exortação seguindo estes passos: “A herança é nossa, uma<br />

vez que fomos adotados como seus filhos pela instrumentalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> sua graça. A fim <strong>de</strong> remover qualquer dúvida, a posse <strong>de</strong>la já foi<br />

entregue a Cristo, <strong>de</strong> quem somos agora participantes. Mas foi na<br />

cruz que Cristo tornou-se merecedor <strong>de</strong>la para nós, e é <strong>de</strong>sta mesma

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