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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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Capítulo 13 • 521<br />

7. Pagai a todos o que lhes é <strong>de</strong>vido:<br />

a quem tributo, tributo; a quem imposto,<br />

imposto; a quem respeito,<br />

respeito; a quem honra, honra.<br />

7. Reddite ergo omnibus quod <strong>de</strong>betur;<br />

cui tributum, tributum; cui vectigal,<br />

vectigal; cui timorem, timorem; cui<br />

honorem, honorem.<br />

5. Pelo que é necessário que lhe estejais sujeitos. O apóstolo<br />

agora reitera sucintamente o mandamento que havia ministrado no<br />

início, concernente à obediência aos magistrados, mas com a seguinte<br />

distinção: que estes <strong>de</strong>vem ser obe<strong>de</strong>cidos não só com base na<br />

necessida<strong>de</strong> humana, mas também para que possamos obe<strong>de</strong>cer a<br />

Deus. Pelo termo punição [ou ira] ele quer dizer a vingança que os<br />

magistrados po<strong>de</strong>m executar em resposta ao <strong>de</strong>sprezo <strong>de</strong>monstrado<br />

por sua dignida<strong>de</strong>. “Não <strong>de</strong>vemos”, diz ele, “obe<strong>de</strong>cer só porque não<br />

po<strong>de</strong>mos resistir aos que se acham armados e são mais po<strong>de</strong>rosos,<br />

po<strong>de</strong>ndo infligir-nos castigo [quando queiram], da mesma forma que<br />

somos geralmente injuriados sem a menor chance <strong>de</strong> repelirmos. Ao<br />

contrário, <strong>de</strong>vemos voluntariamente apren<strong>de</strong>r a submissão à qual<br />

nossa consciência se acha jungida pela Palavra <strong>de</strong> Deus.” De modo<br />

que, ainda quando o magistrado não estivesse armado e nos fosse<br />

lícito provocá-lo e <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nhá-lo impunemente, não <strong>de</strong>vemos fazer isso<br />

da mesma forma como se víssemos a ameaça da punição pen<strong>de</strong>nte<br />

sobre nossa cabeça. Nenhum indivíduo tem o direito <strong>de</strong> obstruir<br />

a autorida<strong>de</strong> daquele que foi <strong>de</strong>signado sobre nós pelo Senhor.<br />

Toda esta discussão tem a ver unicamente com o governo civil [<strong>de</strong><br />

civilibus praefecturis]. Portanto, aqueles que mantêm domínio sobre<br />

as consciências humanas tentam em vão estabelecer sua blasfema<br />

tirania com base nesta passagem.<br />

6. Por esse motivo também pagais tributo. O apóstolo aproveita<br />

a oportunida<strong>de</strong> para fazer menção <strong>de</strong> tributos; e toma o ofício<br />

dos magistrados como base da razão <strong>de</strong> se pagar tributo. Se é responsabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>les <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r e preservar íntegra a paz dos retos<br />

e resistir as investidas dos ímpios, então não po<strong>de</strong>m fazer isso a<br />

menos que sejam assistidos por sólida e po<strong>de</strong>rosa proteção. Os tributos,<br />

pois, são pagos por lei para custear os gastos indispensáveis

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