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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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292 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

visto que a carne não só impe<strong>de</strong> os crentes <strong>de</strong> correrem com rapi<strong>de</strong>z,<br />

mas também põe muitos obstáculos em seu caminho para<br />

que tropecem. Portanto, não fazem o que <strong>de</strong>vem, visto que não o<br />

fazem com prontidão. Daí, esta vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> que faz menção consiste<br />

na prontidão da fé, quando o Espírito Santo molda os fiéis a fim <strong>de</strong><br />

que sejam prontos e solícitos a entregar seus membros obedientes<br />

a Deus. Entretanto, visto que sua capacida<strong>de</strong> não se harmoniza com<br />

seus <strong>de</strong>sejos, então o apóstolo diz que não encontra o que queria,<br />

ou seja, a realização do bem que <strong>de</strong>sejava.<br />

19. O constante neste versículo se refere à mesma questão. O bem<br />

que ele quer fazer, não o faz; o mal que não quer, é precisamente o que<br />

faz. Porque, por mais corretamente sejam os crentes influenciados,<br />

ainda têm consciência <strong>de</strong> sua própria <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>, e não consi<strong>de</strong>ram<br />

nenhuma <strong>de</strong> suas obras como sendo isenta <strong>de</strong> falha. Paulo não está<br />

tratando, aqui, com uns poucos erros dos fiéis, senão que está <strong>de</strong>screvendo<br />

<strong>de</strong> forma geral todo o curso <strong>de</strong> suas vidas. Concluímos,<br />

pois, que suas melhores obras são sempre corrompidas por alguma<br />

marca <strong>de</strong> pecado, <strong>de</strong> forma que não alimentam nenhuma esperança<br />

<strong>de</strong> recompensa, exceto até on<strong>de</strong> Deus os perdoa.<br />

20. Finalmente, ele reitera a afirmação <strong>de</strong> que, até on<strong>de</strong> se vê<br />

dotado com a luz celestial, ele é uma genuína testemunha e aprovador<br />

da justiça da lei. Segue-se disto que, se a integrida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossa<br />

natureza permanecer pura, a lei não nos trará morte, nem se oporá<br />

ao homem <strong>de</strong> mente saudável e que se <strong>de</strong>svencilha do pecado. Nossa<br />

saú<strong>de</strong> é proce<strong>de</strong>nte do Médico celestial.<br />

21. Então, ao querer o bem encontro a<br />

lei <strong>de</strong> que o mal resi<strong>de</strong> em mim.<br />

22. Porque, no tocante ao homem interior,<br />

tenho prazer na lei <strong>de</strong> Deus;<br />

21. Reperio igitur Legem volenti mihi<br />

facere bonum quòd mihi malum insi<strong>de</strong>at.<br />

28<br />

22. Consentio enim Legi Dei secundum<br />

interiorem hominem.<br />

28 “Insi<strong>de</strong>at” – παράκειταί; o mesmo verbo no versículo 18 é traduzido a<strong>de</strong>st – é presente.<br />

Significa estar perto, estar à mão.

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