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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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318 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

12. Assim, pois, irmãos, somos <strong>de</strong>vedores,<br />

não à carne,<br />

13. para vivermos segundo a carne.<br />

Porque, se viver<strong>de</strong>s segundo a carne,<br />

morrereis; mas, se pelo Espírito<br />

mortificar<strong>de</strong>s os feitos do corpo,<br />

vivereis.<br />

14. Pois tantos quantos são guiados<br />

pelo Espírito <strong>de</strong> Deus são filhos <strong>de</strong><br />

Deus.<br />

12. Itaque fratres, <strong>de</strong>bitores sumus,<br />

non carni, ut secundum carnem vivamus.<br />

13. Si enim secundum carnem vixeritis,<br />

moriemini: si verò Spiritu facta carnis<br />

14 mortificaveritis,, vivetis.<br />

14. Quicunque enim Spiritu Dei aguntur,<br />

ii filii Dei sunt.<br />

12. Assim, pois, irmãos, somos <strong>de</strong>vedores. Esta é a conclusão<br />

das afirmações prece<strong>de</strong>ntes. Se temos que renunciar a carne, então<br />

não <strong>de</strong>vemos abrir-lhe concessão alguma. Além disso, se o Espírito<br />

tem <strong>de</strong> reinar em nós, então é absurdo não percebermos sua permanência<br />

em nós. Esta cláusula é <strong>de</strong>fectiva, pois o apóstolo omite<br />

a outra parte <strong>de</strong> seu contraste, ou seja: que somos <strong>de</strong>vedores ao<br />

Espírito. O sentido, contudo, não é <strong>de</strong> forma alguma obscuro. 15 Esta<br />

conclusão tem a força <strong>de</strong> uma exortação, segundo o costume <strong>de</strong><br />

Paulo <strong>de</strong> sempre extrair da doutrina uma oportuna exortação. Assim<br />

nos exorta noutra passagem: “E não entristeçais o Espírito Santo<br />

<strong>de</strong> Deus, no qual fostes selados para o dia da re<strong>de</strong>nção” [Ef 4.30]. E<br />

outra vez: “Se vivemos no Espírito, an<strong>de</strong>mos também no Espírito”<br />

[Gl 5.25]. Isto fazemos, quando renunciamos os <strong>de</strong>sejos carnais a fim<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>votarmo-nos à justiça <strong>de</strong> Deus como nosso sacro <strong>de</strong>ver. Este é<br />

o raciocínio que <strong>de</strong>vemos seguir, não segundo a prática comum <strong>de</strong><br />

alguns blasfemos que ociosamente <strong>de</strong>claram que não necessitamos<br />

fazer absolutamente nada, visto que não possuímos po<strong>de</strong>r algum<br />

[para agir]. No entanto teremos que lutar contra Deus, por assim<br />

dizer, se porventura extinguirmos, com <strong>de</strong>sdém e negligência, sua<br />

graça que nos é oferecida.<br />

14 “Feitos do corpo” é nossa versão; e o volume <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>, segundo Griesbach, está em<br />

seu favor, ainda que admita que a outra redação, τη̑ς σαρκὸς, é quase igual a ela, e merece<br />

mais pesquisa.<br />

15 Ele não mencionou a outra parte, diz Pareus, “porque era muito evi<strong>de</strong>nte”. Além disso, o<br />

que ele já havia <strong>de</strong>clarado, e o que ele continua a <strong>de</strong>clarar, são tantas evidências <strong>de</strong> nossas<br />

obrigações <strong>de</strong> viver segundo o Espírito, que não se fazia necessário fazer tal adição.

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