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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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Capítulo 6 • 243<br />

o pecado como escravos, realça o propósito <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>struição.<br />

Segue-se que até on<strong>de</strong> somos filhos <strong>de</strong> Adão, e nada mais além <strong>de</strong><br />

homens, somos tão completamente escravos do pecado que nada<br />

mais po<strong>de</strong>mos fazer senão pecar. Mas quando somos enxertados<br />

em Cristo, somos libertados <strong>de</strong>sta miserável compulsão, não porque<br />

cessamos <strong>de</strong>finitivamente <strong>de</strong> pecar, mas para que finalmente<br />

sejamos vitoriosos no conflito.<br />

7. Porquanto, quem morreu, justificado<br />

está do pecado.<br />

8. Ora, se já morremos com Cristo,<br />

cremos que também com ele viveremos;<br />

9. sabendo que, uma vez tendo Cristo<br />

ressuscitado <strong>de</strong>ntre os mortos, já<br />

não morre: a morte já não tem domínio<br />

sobre ele.<br />

10. Pois, quanto a ter morrido, <strong>de</strong> uma<br />

vez para sempre morreu para o pecado;<br />

mas, quanto a viver, vive para<br />

Deus.<br />

11. Assim também vós, consi<strong>de</strong>rai-vos<br />

mortos para o pecado, mas vivos<br />

para Deus em Cristo Jesus.<br />

7. Qui enim mortuus est, justificatus<br />

est à peccato.<br />

8. Si verò mortui sumus cum Christo,<br />

credimus quòd et vivemus cum eo;<br />

9. Scientes quòd Christus suscitatus ex<br />

mortuis, ampliùs non moritur, mors<br />

illi ampliùs non dominatur:<br />

10. Quòd enim mortuus est, peccato<br />

mortuus est semel; quòd autem vivit,<br />

vivit Deo.<br />

11. Sic et ipsi æstimate vosmet esse<br />

mortuos qui<strong>de</strong>m peccato, viventes<br />

autem Deo in Christo Iesu Domino<br />

nostro.<br />

7. Porquanto, quem morreu, justificado está do pecado. Este é<br />

um argumento <strong>de</strong>rivado da natureza inerente ou efeito da morte. Se<br />

a morte <strong>de</strong>strói todas as ações da vida, então nós, que já morremos<br />

para o pecado, <strong>de</strong>vemos cessar com aquelas ações que o pecado<br />

exerce durante a trajetória <strong>de</strong> sua existência [terrena]. O termo<br />

justificados, aqui, significa libertados ou recuperados da escravidão.<br />

Assim como o prisioneiro que é absolvido da sentença do juiz, se vê<br />

os congêneres ou, como Calvino o chama, toda a massa <strong>de</strong> pecados, tal como o orgulho,<br />

a paixão, a lascívia etc. Mas a razão para o uso da palavra ‘corpo’ é mais provavelmente<br />

esta, porque ele chamou pecado inato, o homem – “o velho homem” –, e o que propriamente<br />

pertence ao homem é o corpo. O “corpo do pecado” é um hebraísmo, e significa<br />

um corpo pecaminoso.

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