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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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Capítulo 7 • 277<br />

que, enquanto se mantinha oculta, parecia nem mesmo existir.”<br />

Contudo, não nego que a carne é mais vivamente estimulada para a<br />

concupiscência por intermédio da lei, e que é <strong>de</strong>sta forma que ela<br />

também se manifesta. Este po<strong>de</strong> igualmente ter sido o problema <strong>de</strong><br />

Paulo. No entanto, acredito que tudo o que tenho dito acerca da<br />

manifestação do pecado se a<strong>de</strong>qua melhor ao contexto, 13 porquanto<br />

Paulo imediatamente adiciona:<br />

Porque sem lei o pecado está morto. 14<br />

9. Outrora, sem a lei, eu estava vivo;<br />

mas, sobrevindo o preceito, reviveu<br />

o pecado, e eu morri.<br />

10. E o mandamento que me fora para<br />

vida, verifiquei que este mesmo se<br />

me tornou para morte.<br />

11. Porque o pecado, achando ocasião,<br />

através do mandamento me enganou<br />

e me matou.<br />

12. Por conseguinte, a lei é santa; e o<br />

mandamento, santo e justo e bom.<br />

Sine Lege enim peccatum est mortuum:<br />

9. Ego autem vivebam sine Lege<br />

aliquando; 15 adveniente autem<br />

mandato, peccatum revixit.<br />

10. Ego autem mortuus sum; et <strong>de</strong>prehensum<br />

est a me mandatum<br />

quod erat in vitam, ce<strong>de</strong>re in mortem.<br />

11. Peccatum enim, occasione sumpta<br />

per mandatum, abduxit me a via et<br />

per illud occîdit:<br />

12. Itaque Lex qui<strong>de</strong>m sancta, et<br />

mandatum sanctum, et justum et<br />

bonum.<br />

8b. Porque sem lei o pecado está morto. O apóstolo expressa<br />

nos termos mais claros possíveis o significado das palavras supra<br />

transcritas. É como se ele quisesse dizer que sem a lei o conhecimen-<br />

13 A maioria dos comentaristas assume o ponto <strong>de</strong> vista oposto, <strong>de</strong> que a irritação do<br />

pecado ocasionado pela lei é mais especialmente implícito aqui. As duas idéias, o conhecimento<br />

e o excitamento, ou a fomentação do pecado pela lei, são sem dúvida referidos<br />

pelo Apóstolo nestes versículos.<br />

14 Esta cláusula é corretamente separada do versículo anterior; pois claramente anuncia o<br />

que é ilustrado nos versículos seguintes. “Sem a lei” significa sem o conhecimento da lei.<br />

A lei é conhecida e ainda não conhecida.<br />

15 “Aliquando”; ποτε, anteriormente, quando ele era ainda um fariseu, quando ele cria ser<br />

irrepreensível. Os críticos costumam criar dificulda<strong>de</strong>s quando não existem. O que lemos<br />

aqui, <strong>de</strong> viver sem lei, ou quando a lei não é ainda conhecida, e do mandamento<br />

que se pressupõe ser para a vida, e <strong>de</strong>scobre-se ser para a morte, é ainda exemplificado<br />

no caráter dos homens, e se concretiza na experiência <strong>de</strong> todos os que são tirados das<br />

trevas, como Paulo o foi, para a maravilhosa luz. A experiência é com freqüência o melhor<br />

expositor.<br />

Para enten<strong>de</strong>r esta passagem não é mais necessário do que ler o que Paulo diz <strong>de</strong> si mesmo<br />

em Filipenses 3.4-9; e também em Gálatas 2.19.

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