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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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Capítulo 12 • 499<br />

9. O amor seja sem hipocrisia. Detestai<br />

o que é mau, apegando-vos ao que<br />

é bom;<br />

10. amai-vos cordialmente uns aos<br />

outros com amor fraternal, preferindo-vos<br />

em honra uns aos outros.<br />

11. Na diligência, não sejais remissos:<br />

se<strong>de</strong> fervorosos <strong>de</strong> espírito, servindo<br />

ao Senhor;<br />

12. regozijai-vos na esperança, se<strong>de</strong><br />

pacientes na tribulação; na oração,<br />

perseverantes;<br />

13. compartilhai as necessida<strong>de</strong>s dos<br />

santos; praticai a hospitalida<strong>de</strong>.<br />

9. Dilectio sit non simulata; sitis aversantes<br />

malum, adherentes bono;<br />

10. Fraterna charitate ad vos mutuò<br />

amandos propensi, alii alios honore<br />

prævenientes;<br />

11. Studio non pigri, spiritu ferventes,<br />

tempori servientes;<br />

12. Spe gaudientes, in tribulatione patientes,<br />

in oratione perseverantes;<br />

13. Necessitatibus sanctorum communicantes,<br />

hospitalitatem sectantes.<br />

9. O amor seja sem hipocrisia. Propondo agora dirigir nossa atenção<br />

para os <strong>de</strong>veres particulares, ele começa apropriadamente com<br />

o amor, o qual é o vínculo da perfeição [Cl 3.14]. Nesse respeito, ele<br />

prescreve o princípio muitíssimo necessário <strong>de</strong> que toda e qualquer<br />

dissimulação <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> todo <strong>de</strong>sfeita, e que o amor <strong>de</strong>ve proce<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> uma sincerida<strong>de</strong> pura do espírito. É algo difícil <strong>de</strong> se expressar quão<br />

engenhosos quase todos os homens são em dissimular um amor que<br />

na verda<strong>de</strong> não existe neles. Ao tentarem persuadir-se <strong>de</strong> que possuem<br />

um verda<strong>de</strong>iro amor por aqueles a quem não só negligenciam, mas<br />

na verda<strong>de</strong> também rejeitam, estão enganando não só aos <strong>de</strong>mais,<br />

mas também a si próprios. Portanto, ele <strong>de</strong>clara aqui que o único<br />

amor que merece o nome é aquele que é isento <strong>de</strong> toda e qualquer<br />

dissimulação. Qualquer pessoa po<strong>de</strong> facilmente julgar se porventura<br />

possui algo nos recessos <strong>de</strong> seu coração que seja contrário ao amor. 13<br />

As palavras bom e mau, que vêm imediatamente no texto, não têm<br />

um sentido geral. Mau significa aquilo que é injusto e malicioso, que<br />

causa ofensa aos homens; e bom é a bonda<strong>de</strong> que os assiste. É uma<br />

antítese muito comum na Escritura: proibir primeiro os pecados, e<br />

recomendar em seguida as virtu<strong>de</strong>s contrárias.<br />

13 “O amor”, diz um escritor antigo, “é a suma e substância <strong>de</strong> todas as virtu<strong>de</strong>s. Os filósofos<br />

fazem da justiça a rainha das virtu<strong>de</strong>s; mas o amor é a mãe da justiça, pois ren<strong>de</strong> a Deus<br />

e a nosso próximo o que lhes é justamente <strong>de</strong>vido.”

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