27.05.2014 Views

Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

150 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

23. Porque todos pecaram e foram privados<br />

da glória <strong>de</strong> Deus;<br />

24. sendo justificados gratuitamente<br />

por sua graça mediante a re<strong>de</strong>nção<br />

que está em Cristo Jesus;<br />

25. a quem Deus apresentou como propiciação,<br />

por meio <strong>de</strong> seu sangue,<br />

para manifestar sua justiça, visto<br />

ter <strong>de</strong>ixado impunes os pecados<br />

anteriormente cometidos, <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong><br />

com sua tolerância;<br />

26. pois tendo em vista, digo eu, a manifestação<br />

<strong>de</strong> sua justiça no tempo<br />

presente, para ele mesmo ser justo<br />

e o justificador daquele que tem fé<br />

em Jesus.<br />

23. Omnes enim peccaverunt, et <strong>de</strong>stituuntur<br />

gloriâ Dei;<br />

24. Justificati gratis ipsius gratiâ per<br />

re<strong>de</strong>mptionem quæ est in Christo<br />

Iesu:<br />

25. Quem proposuit Deus propitiatorium<br />

per fi<strong>de</strong>m in sanguine ipsius,<br />

in <strong>de</strong>monstrationem justitiæ suæ,<br />

propter remissionem <strong>de</strong>lictorum,<br />

26. Quæ priùs extiterunt in tolerantiâ<br />

Dei; ad <strong>de</strong>monstrationem justitiæ<br />

suæ, in hoc tempore; ut sit ipse justus<br />

et justificans eum qui est ex fi<strong>de</strong><br />

Iesu.<br />

23. Porque não há distinção: Todos pecaram e privados estão da<br />

glória <strong>de</strong> Deus. Paulo insiste em que todos, sem distinção, carecem<br />

<strong>de</strong> buscar justiça em Cristo, como se dissesse: “Não há outro caminho<br />

para a obtenção <strong>de</strong>sta justiça. Não há um método para justificar<br />

alguns, e outro método diferenciado para justificar outros, senão que<br />

todos igualmente têm <strong>de</strong> ser justificados por meio da fé, já que todos<br />

são pecadores, e ninguém tem como justificar-se diante <strong>de</strong> Deus.” Ele<br />

tem por certo que todo mundo que se aproxima do tribunal divino<br />

se conscientiza plenamente <strong>de</strong> ser pecador, e se sente aniquilado e<br />

perdido sob o senso <strong>de</strong> sua própria culpa. E assim faz-se evi<strong>de</strong>nte<br />

que nenhum pecador po<strong>de</strong> suportar a presença <strong>de</strong> Deus, como se<br />

po<strong>de</strong> ver no exemplo <strong>de</strong> Adão [Gn 3.8].<br />

O apóstolo ataca novamente com um argumento extraído do<br />

oposto; por esta razão é bom notarmos seu raciocínio. Visto que<br />

todos os homens são pecadores, daí o apóstolo inferir que todos<br />

são <strong>de</strong>ficientes ou <strong>de</strong>sprovidos <strong>de</strong> todo e qualquer louvor da justiça.<br />

Portanto, à luz <strong>de</strong> seu ensino, não existe justiça senão aquela que<br />

é perfeita e absoluta. Se porventura existisse aquilo a que chamam<br />

<strong>de</strong> meia-justiça, então não haveria qualquer necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> privar<br />

o homem, completamente, <strong>de</strong> toda e qualquer glória por ser ele um

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!