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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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Capítulo 8 • 329<br />

permite, sem expressar suficientemente o pensamento do apóstolo.<br />

Este não pretendia dizer que os filhos <strong>de</strong> Deus se manifestarão<br />

no último dia, e, sim, que lhes será, pois, manifesto quão<br />

<strong>de</strong>sejável e feliz é sua condição ao <strong>de</strong>spir-se <strong>de</strong> sua corrupção<br />

e vestir-se da glória celestial. Ele atribui esperança às criaturas<br />

irracionais, para que os crentes possam abrir bem seus olhos e<br />

contemplar a vida invisível, enquanto permanece ainda oculta<br />

sob uma humil<strong>de</strong> roupagem.<br />

20. Pois a criação está sujeita à vaida<strong>de</strong>. Ele <strong>de</strong>clara o objetivo<br />

da expectativa a partir <strong>de</strong> seu oposto. Visto que as criaturas que<br />

se acham sujeitas à corrupção não po<strong>de</strong>m ser renovadas até que<br />

os filhos <strong>de</strong> Deus sejam todos renovados, enquanto aguardam sua<br />

renovação suspiram pela manifestação do reino celestial. Ele diz que<br />

a criação se fez sujeita à vaida<strong>de</strong>, visto que não experimenta estabilida<strong>de</strong><br />

e segurança, senão que, sendo transitória e inconstante, passa<br />

com muita rapi<strong>de</strong>z. Indubitavelmente, Paulo está aqui a contrastar<br />

vaida<strong>de</strong> com perfeição natural.<br />

Não voluntariamente. Visto que tais criaturas são <strong>de</strong>stituídas <strong>de</strong><br />

inteligência, <strong>de</strong>vemos, pois, tomar vonta<strong>de</strong> [voluntas] no sentido <strong>de</strong><br />

inclinação natural, segundo a qual toda a natureza das coisas ten<strong>de</strong><br />

para sua própria preservação e perfeição. Portanto, tudo quanto se<br />

vê sujeito à corrupção sofre violência contra o propósito da natureza<br />

e em oposição a ela. Através <strong>de</strong> personificação [κατὰ προσωποποίαν],<br />

Paulo representa todas as partes do mundo como sendo dotadas<br />

<strong>de</strong> sentimento e inteligência, para que pudéssemos sentir-nos ainda<br />

mais envergonhados <strong>de</strong> nossa estupi<strong>de</strong>z, se porventura não nos elevássemos<br />

a um nível muito mais sublime através <strong>de</strong> certa flutuação<br />

<strong>de</strong>ste mundo visível.<br />

Mas por causa daquele que a sujeitou. Ele põe diante <strong>de</strong> nós<br />

um exemplo <strong>de</strong> obediência em todas as criaturas, e acrescenta<br />

que esta proce<strong>de</strong> da esperança. É da esperança que nos vem a<br />

velocida<strong>de</strong> do sol, da lua e <strong>de</strong> todas as estrelas em seu imutável<br />

curso; a contínua obediência da terra em produzir seus frutos; o

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