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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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330 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

incansável movimento do ar; e a força impetuosa das águas a fluírem.<br />

Deus conce<strong>de</strong>u a cada um a sua própria tarefa, e não só <strong>de</strong>u<br />

uma or<strong>de</strong>m precisa <strong>de</strong> obediência à sua vonta<strong>de</strong>, mas, ao mesmo<br />

tempo, implantou interiormente a esperança <strong>de</strong> renovação. Todo o<br />

mecanismo do mundo <strong>de</strong>ixaria <strong>de</strong> funcionar a quase todo instante,<br />

e cada uma <strong>de</strong> suas partes, afetada pela dolorosa confusão que se<br />

seguiu à queda <strong>de</strong> Adão, se faria caótica, não fosse algo secreto<br />

que vem em seu socorro.<br />

Seria, pois, muitíssimo <strong>de</strong>primente se porventura este antegozo<br />

do Espírito produzisse menos efeito nos filhos <strong>de</strong> Deus do que o instinto<br />

secreto produz nas partes inanimadas da criação. Seja como<br />

for, pois, que as coisas criadas sejam inerentemente inclinadas<br />

a uma ou a outra direção, não obstante, uma vez que, segundo o<br />

beneplácito divino ficaram sujeitas à vaida<strong>de</strong>, elas obe<strong>de</strong>cem à sua<br />

or<strong>de</strong>m; e porque ele lhes <strong>de</strong>u esperança <strong>de</strong> uma condição melhor,<br />

então se mantêm com isto, e adiam sua ansiosa expectativa até<br />

àquela interrupção que lhes prometeu seria revelada. Paulo lhes<br />

atribui esperança à guisa <strong>de</strong> personificação [prosopopéia], assim<br />

como antes lhes atribuíra querer e não querer.<br />

21. Na esperança <strong>de</strong> que a própria criação será libertada do<br />

cativeiro da corrupção. Ele mostra como as criaturas se fizeram<br />

sujeitas à vaida<strong>de</strong> na esperança. Mas o tempo virá quando serão<br />

libertadas, como Isaías o testifica [Is 65.17] e Pedro ainda mais claramente<br />

o confirma [2Pe 3.13].<br />

É preciso que consi<strong>de</strong>remos agora quão terrível é a maldição<br />

que temos merecido, já que todas as criaturas inocentes da terra<br />

e do céu são punidas por nossos pecados. A culpa é nossa se<br />

lutam em sujeição à corrupção. A con<strong>de</strong>nação da raça humana<br />

é por isso impressa nos céus e na terra e em todas as criaturas.<br />

Além disso, esta passagem nos revela a que imensurável excelência<br />

<strong>de</strong> glória os filhos <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong>verão ser exaltados, e todas<br />

as criaturas serão renovadas a fim <strong>de</strong> magnificar e <strong>de</strong>clarar seu<br />

esplendor.

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