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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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400 • Comentário <strong>de</strong> <strong>Romanos</strong><br />

28. Porque o Senhor executará sua palavra<br />

sobre a terra, cabalmente e<br />

em breve.<br />

29. Como Isaías dissera: Se o Senhor<br />

dos Exércitos não nos tivesse <strong>de</strong>ixado<br />

<strong>de</strong>scendência, ter-nos-íamos<br />

tornado como Sodoma, e semelhantes<br />

a Gomorra.<br />

28. Sermonem enim consummans et<br />

abbrevians, 26 quoniam sermonem<br />

abbreviatum faciet Dominus in terra:<br />

29. Et quemadmodum prius dixerat<br />

Iesaias, Nisi Dominus Sabbaoth<br />

reliquisset nobis semen, instar Sodomæ<br />

facti essemus, et Gomorrhæ<br />

essemus assimilati.<br />

24. A quem também chamou. Da discussão em que Paulo esteve<br />

envolvido até este ponto concernente à soberana eleição divina,<br />

seguem-se duas coisas. Em primeiro lugar, a graça divina não está<br />

tão limitada aos ju<strong>de</strong>us que não possa também fluir para outras<br />

nações e difundir-se pelo mundo todo. Em segundo lugar, ela não se<br />

restringe tanto aos ju<strong>de</strong>us que não possa alcançar todos os filhos <strong>de</strong><br />

Abraão segundo a carne, sem exceção. Se a eleição divina se acha<br />

fundamentada tão-somente no beneplácito divino, então ela existe<br />

em qualquer lugar e sempre que ele o queira. A eleição, pois, tendo<br />

já sido provada e limitada, abre, por assim dizer, o caminho para<br />

a vocação dos gentios, o mesmo que é rejeitado pelos ju<strong>de</strong>us. O<br />

primeiro <strong>de</strong>stes pontos parece absurdo em razão <strong>de</strong> sua novida<strong>de</strong>;<br />

e o segundo parece completamente indigno. Não obstante, visto<br />

que o último tinha em si mais possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ofen<strong>de</strong>r, ele trata do<br />

primeiro com o artigo que era menos ofensivo. Diz ele, pois, que os<br />

vasos da mercê divina, os quais Deus escolhera para a glória <strong>de</strong> seu<br />

Nome, são tomados <strong>de</strong>ntre todos os povos: dos gentios, não menos<br />

que dos ju<strong>de</strong>us. Embora ao usar o relativo, a quem, o apóstolo 27<br />

não observe as estritas regras gramaticais, acrescentando uma<br />

transição para insinuar que somos os vasos da glória <strong>de</strong> Deus, os<br />

quais foram tomados em parte dos ju<strong>de</strong>us e em parte dos gentios,<br />

ele prova aqui, a partir da vocação divina, que na eleição não existe<br />

26 Omitido “na justiça”. A palavra traduzida por ‘matéria’ é ‘sermo’, porém é explicada neste<br />

sentido no comentário.<br />

27 É um exemplo <strong>de</strong> hebraísmo o uso <strong>de</strong> um pronome duplo – a quem e nós, regido pelo<br />

mesmo verbo.

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