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Comentário de Romanos

Comentário de João Calvino no livro de Romanos.

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Capítulo 8 • 347<br />

<strong>de</strong> modo que, em sua humilhação, não per<strong>de</strong>m nada <strong>de</strong> sua glória.<br />

Embora seus sofrimentos atuais a <strong>de</strong>formem aos olhos do mundo,<br />

todavia, diante <strong>de</strong> Deus e dos anjos, ela está sempre a brilhar em<br />

perene perfeição.” O que Paulo, pois, preten<strong>de</strong> mostrar, por este<br />

clímax, é que as aflições dos crentes, as quais são a causa <strong>de</strong> sua<br />

atual humilhação, têm como único propósito fazê-los enten<strong>de</strong>r que<br />

possuem a glória do reino celestial e que vão alcançar a glória da<br />

ressurreição <strong>de</strong> Cristo, com quem já se acham crucificados.<br />

31. Que diremos, pois, à vista <strong>de</strong>stas<br />

coisas? Se Deus é por nós, quem<br />

será contra nós?<br />

32. Aquele que não poupou a seu próprio<br />

Filho, antes por todos nós o<br />

entregou, porventura não nos dará<br />

também, graciosamente, com ele<br />

todas as coisas?<br />

33. Quem intentará acusação contra<br />

os eleitos <strong>de</strong> Deus? É Deus quem os<br />

justifica.<br />

34. Quem os con<strong>de</strong>nará? É Cristo Jesus<br />

quem morreu, ou, antes, quem<br />

ressuscitou, o qual está à direita <strong>de</strong><br />

Deus, e também interce<strong>de</strong> por nós.<br />

31. Quid ergo dicemus ad hæc? 34 Si<br />

Deus pro nobis, quis contra nos?<br />

32. Qui proprio Filio non pepercit, sed<br />

pro nobis omnibus tradidit, quomodo<br />

non etiam cum eo donaret nobis<br />

omnia?<br />

33. Quis intentabit crimina 35 adversùs<br />

electos Dei? Deus est qui justificat.<br />

34. Quis ille qui con<strong>de</strong>mnet? Christus est<br />

qui mortuus est, quin potius etiam<br />

suscitatus, qui et in <strong>de</strong>xterâ Patris<br />

est, qui et intercedit pro nobis.<br />

31. Que diremos, pois? Havendo provado suficientemente seu<br />

tema, Paulo agora se prorrompe numa série <strong>de</strong> exclamações, por<br />

meio das quais expressa a gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> alma que os crentes <strong>de</strong>vem<br />

possuir quando as adversida<strong>de</strong>s insistem em fazê-los <strong>de</strong>sesperar-se.<br />

Ele nos ensina, através <strong>de</strong>ssas palavras, que a coragem inquebran-<br />

34 “Ad hæc” – πρὸς ταυ̑τα. Wolfius diz que <strong>de</strong>ve ser “<strong>de</strong> his – <strong>de</strong>stas coisas”; e Hebreus 4.13 é<br />

citado como um exemplo, πρὸς ὅν ἡμν ὁ λόγος – <strong>de</strong> quem falamos.”<br />

35 “Quis intentabit crimina – quem acusará <strong>de</strong> crimes”; “τίς ἐγκαλέσει κατὰ ἐκλεκτω̑ν θεου̑ –<br />

quem pleiteará ou apresentará acusação contra os eleitos <strong>de</strong> Deus?” Veja-se Atos 19.38.<br />

Muitos, tais como Agostinho, Grotius, Locke, Doddridge e Griesbach têm feito da próxima<br />

cláusula também uma pergunta; bem como as cláusulas do próximo versículo.<br />

33. Quem fará acusação contra os eleitos <strong>de</strong> Deus? Deus o justificador?<br />

34. Quem é aquele que con<strong>de</strong>na? Cristo que morreu, ou, antes, quem ressuscitou,<br />

que também está à <strong>de</strong>stra <strong>de</strong> Deus e que interce<strong>de</strong> por nós?<br />

O que favorece esta construção é o fato <strong>de</strong> que o Apóstolo prossegue no mesmo diapasão.

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