17.11.2017 Views

alexandre-de-moraes-direito-constitucional-2014

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

1 2 Direito Constitucional • Moraes<br />

eficácia plena<br />

eficácia absoluta<br />

CF<br />

eficácia contida = eficácia relativa restringível<br />

eficácia limitada = eficácia relativa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> complementação<br />

legislativa<br />

4.2 Normas constitucionais com eficácia absoluta, plena, relativa restringível<br />

e relativa complementável ou <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> complementação<br />

Maria Helena Diniz propõe uma nova espécie <strong>de</strong> classificação das normas constitucionais,<br />

tendo por critério a intangibilida<strong>de</strong> e a produção dos efeitos concretos.*1<br />

Assim, propõe e explica a referida autora que são normas constitucionais <strong>de</strong> eficácia<br />

absoluta<br />

“as intangíveis; contra elas nem mesmo há o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> emendar. Daí conterem uma<br />

força paralisante total <strong>de</strong> toda a legislação que, explícita ou implicitamente, vier<br />

a contrariá-las. Distinguem-se, portanto, das normas constitucionais <strong>de</strong> eficácia<br />

plena, que, apesar <strong>de</strong> incidirem imediatamente sem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> legislação<br />

complementar posterior, são emendáveis. Por exemplo, os textos constitucionais<br />

que ampararam a fe<strong>de</strong>ração (art. 1°), o voto direto, secreto, universal e periódico<br />

Cart. 14), a separação <strong>de</strong> po<strong>de</strong>res (art. 2°) e os <strong>direito</strong>s e garantias individuais (art.<br />

5°, I a LXXVII), por serem insuscetíveis <strong>de</strong> emenda são intangíveis, por força dos<br />

arts. 60, § 4a, e 34, VII, a e í>”.<br />

As normas com eficácia plena<br />

“são plenamente eficazes..., <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua entrada em vigor, para disciplinarem as relações<br />

jurídicas ou o processo <strong>de</strong> sua efetivação, por conterem todos os elementos<br />

imprescindíveis para que haja a possibilida<strong>de</strong> da produção imediata dos efeitos<br />

previstos, já que, apesar <strong>de</strong> suscetíveis <strong>de</strong> emenda, não requerem normação sub<strong>constitucional</strong><br />

subsequente. Po<strong>de</strong>m ser imediatamente aplicadas”.<br />

Por sua vez, as normas com eficácia relativa restringível correspon<strong>de</strong>m<br />

“às <strong>de</strong> eficácia contida <strong>de</strong> José Afonso da Silva, mas, aceitando a lição <strong>de</strong> Michel<br />

Temer, preferimos <strong>de</strong>nominá-la normas constitucionais <strong>de</strong> eficácia redutível ou restringível,<br />

por serem <strong>de</strong> aplicabilida<strong>de</strong> imediata ou plena, embora sua eficácia possa<br />

ser reduzida, restringida nos casos e na forma que a lei estabelecer; têm, portanto,<br />

192, § 32, que estipulava limitação à fixação das taxas <strong>de</strong> juros, em 12% ao ano, nos termos da lei complementar.<br />

Porém, esse dispositivo foi revogado pela EC n2 40, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2003.<br />

1 D IN IZ, Maria Helena. Norma <strong>constitucional</strong>eseusefeitos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1992. p. 98-103.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!