17.11.2017 Views

alexandre-de-moraes-direito-constitucional-2014

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

768 Direito Constitucional • Moraes<br />

Como regra, porém, a atuação do Advogado-Geral da União permanece, como salientado<br />

pelo Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong> “curador da lei atacada, não lhe sendo dado, sob<br />

pena <strong>de</strong> inobservância do múnus público, adotar posição diametralmente oposta, como<br />

se atuasse como fiscal da lei, qualida<strong>de</strong> reservada, no controle concentrado <strong>de</strong> <strong>constitucional</strong>ida<strong>de</strong><br />

perante o Supremo, ao Procurador-Geral da República”.1<br />

Observe-se que o Advogado-Geral da União não possui legitimida<strong>de</strong> para o controle<br />

concentrado <strong>de</strong> <strong>constitucional</strong>ida<strong>de</strong>, qualquer que seja sua espécie (ADI, ADC, ADPF,<br />

ADI-Omissão), havendo necessida<strong>de</strong> da assinatura do Presi<strong>de</strong>nte da República,12 esse sim<br />

legitimado <strong>constitucional</strong>mente.<br />

10.8 Procedimento e <strong>de</strong>cisão<br />

ADI - Ação direta <strong>de</strong> in<strong>constitucional</strong>ida<strong>de</strong><br />

ADC - Ação <strong>de</strong>claratória <strong>de</strong> <strong>constitucional</strong>ida<strong>de</strong><br />

A Lei nQ9.868, <strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1999, estabelece o procedimento da ação direta<br />

<strong>de</strong> in<strong>constitucional</strong>ida<strong>de</strong> genérica, <strong>de</strong>vendo ser aplicada em a<strong>de</strong>quação às normas<br />

constitucionais.3 O Regimento Interno do Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>ve ser aplicado<br />

s ubsidiar iamente.4<br />

1 STF - Pleno - ADI 2906/RJ, AD I 3674/RJ e ADI 4457/PR - Rei. Min. Marco Aurélio, <strong>de</strong>cisão: 1-06-2011.<br />

2 Conferir, em relação à ilegitim ida<strong>de</strong> para ADPF: S T F -A D P F 1 0 2 -R e i. Min. Joaquim Barbosa, <strong>de</strong>cisão: 16-6-<br />

2007. Apesar <strong>de</strong>, em <strong>de</strong>cisão mais recente, o STF ter reafirm ado a legitim ida<strong>de</strong> somente ao Chefe do Executivo<br />

(na hipótese concreta tratava-se <strong>de</strong> Governador <strong>de</strong> Estado), porém consi<strong>de</strong>rado sua assinatura “ dispensável”,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que estivesse representado pelo Procurador-Geral do Estado (STF - Pleno - ADI 2900/RJ, Rei. Min.<br />

Marco A u rélio ).<br />

3 O Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, por unanimida<strong>de</strong>, não conheceu da ação direta <strong>de</strong> in<strong>constitucional</strong>ida<strong>de</strong> form al<br />

da Lei nQ9.868/99 (STF - Pleno - Adin nQ2.111-7/DF - m edida liminar - Rei. Min. Sydney Sanches, Diário da<br />

Justiça, Seção I, 24 mar. 2000. p. 37).<br />

4 Nos termos d a nova Lei, o Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral passou a publicar a partir d e 2 6 d e novembro d e 1999,<br />

em <strong>de</strong>staque, as “Decisões: Ação Direta <strong>de</strong> In<strong>constitucional</strong>ida<strong>de</strong> e Ação Declaratória <strong>de</strong> Constitucionalida<strong>de</strong>” e a<br />

pauta <strong>de</strong> julgam ento <strong>de</strong>ssas ações (Diário da Justiça, Seção I, 26 nov. 1999. p. 62).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!