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o caso mateus ribeiro - Repositório Aberto da Universidade do Porto

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378 Padre Mateus Ribeiro<br />

de nossa compaixão. A vista pois de espelho em que tanto ao vivo se<br />

representam as ver<strong>da</strong>des, bem fio de vosso juízo perseverareis como discreto<br />

no acerto <strong>do</strong> retiro em que vivemos: que quem escapa <strong>do</strong>s perigos <strong>do</strong> mar<br />

tempestuoso deste mun<strong>do</strong>, erro fora de ajuiza<strong>do</strong> engolfar-se de novo na<br />

turbulenta confusão de seus enganos, sempre arrisca<strong>do</strong>s e tarde conheci<strong>do</strong>s.<br />

- Quan<strong>do</strong> eu (respondeu o Peregrino) os prémios que o mun<strong>do</strong> dá tanto<br />

à vista presentes não tivera, como magoa<strong>do</strong> vejo e compassivo choro, só<br />

vosso exemplo me obrigara a que fugin<strong>do</strong> ao deserto os conhecera. Aqui<br />

acabará minha vi<strong>da</strong>, onde teve princípio meu desengano, pois só então se<br />

começa a viver quan<strong>do</strong> se escolhe o meio de venturosamente acabar.<br />

Com isto se recolheram, e eu as redes de meus discursos, que se<br />

colherem o fruto de aliviar sentimentos, <strong>da</strong>rei por bem emprega<strong>do</strong> este<br />

trabalho.<br />

FIM.

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