22.06.2013 Views

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ÁTOMO PRIMEVO 94 AUMENTO e DIMINUIÇÃO<br />

pios, ligados sinteticamente na consciência "plural"<br />

(I<strong>de</strong>en, I, § 119).<br />

ÁTOMO PRIMEVO (in. Primeval atom; it.<br />

Átomo primevo). Hipótese cosmogônica que<br />

apresenta o universo como resultado da <strong>de</strong>sintegração<br />

radioativa <strong>de</strong> um átomo (G. LEMAÍTRE,<br />

The Primeval Atom, An Essay on Cosmogony,<br />

1950) (v. COSMOLOGIA).<br />

ATRIBUTTVA, PROPOSIÇÃO (in. Attributiveproposition;<br />

fr. Proposition attributive, ai. Attributãre<br />

Satz; it. Proposizione attributivá). Proposição<br />

que atribui ao sujeito uma qualida<strong>de</strong>,<br />

uma condição, uma ativida<strong>de</strong> ou uma passivida<strong>de</strong>;<br />

p. ex., "A água ferve a 100°C" (B. ERDMAN,<br />

Logik, I, §§ 48, 307).<br />

ATRIBUTIVA e RETRIBUTTVA, JUSTIÇA<br />

(lat. Justitia attributixjustitia expletrix). Grócio<br />

distinguiu duas espécies <strong>de</strong> justiça que correspon<strong>de</strong>m,<br />

respectivamente, ao direito imperfeito<br />

e ao direito perfeito. A justiça A., que<br />

concerne ao direito imperfeito, consiste em dar<br />

a outra pessoa aquilo que ela não tem direito<br />

<strong>de</strong> preten<strong>de</strong>r: portanto, atribui-se alguma coisa<br />

que a pessoa antes não possuía. A justiça retributiva<br />

concerne ao direito perfeito e consiste<br />

em dar ao outro o que este tem o direito <strong>de</strong><br />

preten<strong>de</strong>r, vale dizer, a <strong>de</strong>vida recompensa (De<br />

jure belli acpacis, I, 1, 8).<br />

ATRIBUTO (lat. Attributum; in. Attribute, fr.<br />

Attribut; ai. Attribut; it. Attributo). O termo latino<br />

correspon<strong>de</strong>, provavelmente, ao que Aristóteles<br />

chamava <strong>de</strong> "aci<strong>de</strong>nte por si" (An.post.,<br />

I, 22, 83 b 19; Mel, V, 30,1.025 a 30): indica um<br />

caráter ou uma <strong>de</strong>terminação que, embora não<br />

pertença à substância do objeto, como <strong>de</strong>corre<br />

da <strong>de</strong>finição, tem causa nessa substância, (v.<br />

ACIDENTE). Na Escolástica, esse termo foi usado<br />

quase exclusivamente para indicar os A. <strong>de</strong> Deus,<br />

como bonda<strong>de</strong>, onipotência, justiça, infinitu<strong>de</strong>,<br />

etc, que também são chamados nomesâe Deus<br />

(cf. S. TOMÁS, S. Th., I, q. 33). Esse uso terminológíco<br />

foi modificado por Descartes com a<br />

extensão do termo às qualida<strong>de</strong>s permanentes<br />

da substância finita. Com efeito, Descartes enten<strong>de</strong><br />

por A. as qualida<strong>de</strong>s que "inerem à substância".<br />

Por isso, "em Deus dizemos que não há<br />

propriamente modos ou qualida<strong>de</strong>s, mas somente<br />

A., porque nenhuma variação se <strong>de</strong>ve<br />

conceber n'Ele. E mesmo nas coisas criadas, o<br />

que nelas não se comporta nunca <strong>de</strong> modo<br />

diferente, como a existência e a duração, não<br />

<strong>de</strong>ve ser, na coisa que existe e dura, chamada<br />

qualida<strong>de</strong> ou modo, mas A." (Princ. phil, I,<br />

§ 56). Essa terminologia foi totalmente adotada<br />

por Spinoza, com a única correção <strong>de</strong> que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que não existem substâncias finitas, os atributos<br />

po<strong>de</strong>m ser somente <strong>de</strong> Deus. "Por A., entendo<br />

o que o intelecto percebe da substância<br />

como constituindo a essência <strong>de</strong>la" (Et., I, 4).<br />

Deus ou a substância consta <strong>de</strong> infinitos A.,<br />

cada um dos quais exprime a sua essência infinita<br />

e eterna e por isso existe a sua essência<br />

infinita e eterna e por isso existe necessariamente<br />

(ibid., I, 11)-. <strong>de</strong> tais A. infinitos, porém,<br />

conhecemos só dois, quais sejam, o pensamento<br />

e a extensão (ibíd., II, 1-2). Por sua imutabilida<strong>de</strong><br />

e conexão com a substância divina, os atributos<br />

são, por sua vez, eternos e infinitos e é por<br />

seu intermédio que os seres finitos (os modos da<br />

substância) se originam <strong>de</strong> Deus com absoluta<br />

necessida<strong>de</strong> (Jbid., I, 21-23).<br />

Na <strong>filosofia</strong> mo<strong>de</strong>rna e contemporânea, a palavra<br />

A. é usada raramente, salvo no seu significado<br />

lógico-gramatical <strong>de</strong> predicado.<br />

ATUALISMO (in. Actualism; fr. Actualisme,<br />

ai. Aktualitátstheorie, it. Attualismo). Toda doutrina<br />

que reconheça como substância ou princípio<br />

do ser um ato ou uma ativida<strong>de</strong>. Toda doutrina<br />

<strong>de</strong>sse gênero é uma forma <strong>de</strong> i<strong>de</strong>alismo, mais<br />

precisamente <strong>de</strong> i<strong>de</strong>alismo romântico. A. é,<br />

portanto, a doutrina <strong>de</strong> Fichte, que reconhece<br />

como princípio a ativida<strong>de</strong> do Eu infinito. A.<br />

também é a doutrina <strong>de</strong> Hegel, para quem a<br />

Idéia é atualida<strong>de</strong> perfeita <strong>de</strong> consciência. Na<br />

Itália, o termo A. restringiu-se a indicar o i<strong>de</strong>alismo<br />

<strong>de</strong> Gentile, porquanto reduz toda realida<strong>de</strong><br />

ao ato do pensamento ou ao "pensamento<br />

em ato", ou "pensamento pensante" (Teoria<br />

generale <strong>de</strong>llo spirito come atto puro, 1916).<br />

Nesse sentido, Gentile falava em "atualida<strong>de</strong>"<br />

ou "atuosida<strong>de</strong>" do espírito; e do espírito como<br />

"autoposição", "autocriação" ou "autóctise". Esse<br />

termo <strong>de</strong>ve ser distinguido <strong>de</strong> ativismo (v.).<br />

ATUANTE (ai. Fungieren). Vocábulo usado<br />

por Husserl nas últimas obras para indicar o<br />

eu, "sujeito transcen<strong>de</strong>ntal" ou "pólo egológico"<br />

que "atua para a constituição do mundo", ou seja,<br />

age como princípio constitutivo do "mundo da<br />

vida" mesmo antes que a reflexão fenomenológica<br />

o reconheça como tal (Krisis, § 54). Nas<br />

obras inéditas, fala também, com sentido análogo,<br />

<strong>de</strong> "intencionalida<strong>de</strong> atuante" (cf. E. FINK,<br />

em Revue Internationale <strong>de</strong> Philosophie, 1939,<br />

p. 266; G. BRAND, Weltlch undZeit, 1955, § 6).<br />

AUMENTO e DIMINUIÇÃO (gr. aü^noiç Kori<br />

cpOíoiç; lat. Auctio et diminutio-, in. Increaseand<br />

diminution; fr. Augmentatíon etdiminution; ai.<br />

Vermehrung und Veringerung; it. Aumento e

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!