22.06.2013 Views

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

SUBSUNÇÃO 928 SUICÍDIO<br />

clicar o indivíduo real (substratum singulare.<br />

PKDKO AURÍÍOLO, In Seul., 1. d. 3S. cj. 4, a. 1).<br />

sendo <strong>de</strong>pois retomado por I.ocke para <strong>de</strong>signar<br />

aquilo que era tradicionalmente chamado<br />

<strong>de</strong> subjectum ou suppositum. ou seja, o sujeito<br />

ou a substância como sujeito (Ensaio, 11. 23.<br />

1). Aceito por Berkeley (Principies ofHumctn<br />

Knowledge, I, § 7) e por Leibniz (Nouv. ess., 11,<br />

25, 1), esse termo passou a ser muito usado e<br />

acabou prevalecendo, não sem riscos cie confusão<br />

(v. SUJFITO).<br />

SUBSUNÇÃO (kit. Subsumplio; in. Subsumption;<br />

tr. Subsumption; ai. Subsumption; it.<br />

Sussunzione). Em sentido próprio, a assunção<br />

da premissa menor do silogismo, chamada <strong>de</strong><br />

hipolema por Hamilton, para reservar o termo<br />

lema \\.) à premissa maior [Lediires (»i Logic,<br />

l 2 , p. 283; cf. WOLFK, Loi>., § 361). Kant talou <strong>de</strong><br />

"S. <strong>de</strong> um objeto sob um conceito" (Crít. R.<br />

Pura, Anal. dos Princ, cap. I), e em sentido<br />

idêntico Husserl observava que "a S. <strong>de</strong> um<br />

indivíduo, em geral <strong>de</strong> um este aqui, sob Lima<br />

essência não <strong>de</strong>ve ser confundida com a subordinação<br />

<strong>de</strong> uma essência a uma espécie<br />

ou a um gênero superiores" (I<strong>de</strong>eu, I. § 13).<br />

SUBTRAÇÃO (in. Subtractiou; fr. Soustraction;<br />

ai. Subtractiou; it. Sottrazione). A noção<br />

<strong>de</strong> S. lógica foi introduzida por Boole da<br />

seguinte maneira: "Se x representa uma classe<br />

<strong>de</strong> objetos, então 1 - x representa a classe contrária<br />

ou suplementar <strong>de</strong> objetos, que contém<br />

todos os objetos que não estão na classe .v"<br />

(Lctws of lhougbt, 1854. cap. III, Prop. III,<br />

Dover publ., p. 48; v. também Pr.IRCE, Co//.<br />

Pap., 3. 5, 9, 18, etc). Na lógica posterior essa<br />

noção <strong>de</strong>sapareceu.<br />

SUCESSÃO (in. Sitccessioii; fr. Succession;<br />

ai. Folge, it. Successione). 1. O mesmo que série<br />

no significado 2.<br />

2. Unia série temporal; p. ex., "uma S. <strong>de</strong><br />

eventos".<br />

SUCESSO (in. Success; fr. Succès; ai. Erfolg,<br />

it. Successo). Algumas vezes o instrumentalismo<br />

americano foi chamado <strong>de</strong> "Filosofia do S.", no<br />

sentido <strong>de</strong> ser uma <strong>filosofia</strong> que consi<strong>de</strong>ra o S.<br />

a medida dos valores. Na realida<strong>de</strong>, o instrumentalismo<br />

também acentuou o caráter sempre<br />

relativo e provisório do S. Dewey disse: "O S.<br />

nunca é final ou terminal. (...) O mundo não<br />

pára quando a pessoa que obteve S. conseguiu<br />

o que quis, nem ela mesma pára, e o tipo <strong>de</strong> S.<br />

que ela obteve, assim como sua atitu<strong>de</strong> em<br />

relação a ele, é um fator daquilo que advirá"<br />

(Eluman Nature and Conduct, p. 254).<br />

SUFICIENTE, RAZÃO. V. FUNDAMKNTO.<br />

SUFISMO (in. Sufism; fr. Sufisme: ai. Sufisnius;<br />

it. Sufismo). Misticismo árabe e persa<br />

(assim chamado porque os mantos <strong>de</strong> seus<br />

a<strong>de</strong>ptos eram feitos <strong>de</strong> pêlos <strong>de</strong> camelo) que<br />

se <strong>de</strong>senvolveu a partir do séc. VIII por influência<br />

do cristianismo e culminou no neoplatonismo<br />

<strong>de</strong> Algazali (séc. XI) (cf. J. A. ARISHRKY.<br />

Sufism, 1950).<br />

SUGESTÃO (in. Suggesthm; fr. Suggestíon.<br />

ai. Suggestion-, it. Suggestione). 1. F.m gera\,<br />

qualquer tipo ou forma <strong>de</strong> associação psíquica.<br />

Peirce, p. ex.. diz: "O modo <strong>de</strong> S. com que a hipótese<br />

sugere os fatos na indução é por contigüiclaele.<br />

conhecimento habitual <strong>de</strong> que as condições<br />

das hipóteses po<strong>de</strong>m ser realizadas era<br />

certos modos experimentais" (Co//. Pap.,1.218)<br />

(v. ASSOCIAÇÃO).<br />

2. Qualquer influência exercida por uma<br />

pessoa sobre o comportamento <strong>de</strong> outra pessoa.<br />

Nesse sentido, esse conceito pertence à<br />

psicologia.<br />

SUICÍDIO (gr. è^aycoytí; in. Suici<strong>de</strong>-, fr.<br />

Suici<strong>de</strong>; ai. Selbstmord; it. Suicídio). Os filósofos<br />

con<strong>de</strong>naram o S. pelos seguintes motivos:<br />

1'- Porque é contrário à vonta<strong>de</strong> divina.<br />

Platão afirma que "não é irracional que alguém<br />

não possa matar-se antes que a divinda<strong>de</strong> lhe<br />

coman<strong>de</strong> essa necessida<strong>de</strong>" (Eed., 62 c). Este é<br />

o ponto <strong>de</strong> vista constantemente afirmado pelos<br />

escritores cristãos (v. para todos eles: S.<br />

AGOSTINHO, Decir. Dei, I, 20; S. TOMÁS, S. Th.. II,<br />

2. q. 64, a. 5). A afirmação <strong>de</strong> que o S. é contrário<br />

á or<strong>de</strong>m cio <strong>de</strong>stino (PI.OTINO, Enn.. I, 9)<br />

ou â lei natural (S. TOMAS, S. Th., II, 2, q. 64, a.<br />

5) não é diferente, visto que o <strong>de</strong>stino ou a lei<br />

natural são manifestações da vonta<strong>de</strong> divina.<br />

A esse argumento Hume replicava que nada<br />

escapa à vonta<strong>de</strong> divina, nem a morte, natural<br />

ou voluntária, e que por isso o S. não po<strong>de</strong> ser<br />

consi<strong>de</strong>rado contrário á vonta<strong>de</strong> divina ou à<br />

or<strong>de</strong>m das coisas (Of Suici<strong>de</strong>, em Essays, ed.<br />

Green e Grose, II, p. 412).<br />

2 y Porque o S. não chega a separar completamente<br />

a alma do corpo. Este é o argumento<br />

aduzido por Plotino contra o S.; segundo ele,<br />

••quando o corpo é coagido por violência a separar-se<br />

da alma. não é ele que permite a partida<br />

da alma, mas foi uma <strong>de</strong>cisão da paixão,<br />

seja ela tédio, dor ou ira" (Enn., I, 9). Esta<br />

também é a razão aduzida por Schopenhauer.<br />

.segundo quem "o S., longe <strong>de</strong> ser negação da<br />

vonta<strong>de</strong>, é um ato <strong>de</strong> forte afirmação da vonta-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!