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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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1<br />

FÍSICA SOCIAL 465 FORÇA<br />

Carnap interpretou o F. como a redutibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> todas as expressões lingüísticas à linguagem<br />

coisal (v.) e não à forma particular <strong>de</strong> linguagem<br />

coisal, que é linguagem física ("Testability<br />

and Meaning", em Readings in the Phil. of<br />

Science, 1953, pp. 69-70).<br />

FÍSICA SOCIAL (in. Socialphysics; fr. Physique<br />

sociale, ai. Sozial Physik, it. Fisica socialé).<br />

Com este nome, Comte <strong>de</strong>signou o<br />

estudo dos fenômenos sociais, a sociologia,<br />

cuja autonomia científica ele foi o primeiro a<br />

afirmar (Cours <strong>de</strong> phil. positive, liç. 46) (v. SO-<br />

CIOLOGIA).<br />

FÍSICO-TEOLÓGICA, PROVA. V DEUS,<br />

PROVAS DE.<br />

FISIOCRACIA. V. ECONOMIA POLÍTICA.<br />

FISIOGNOMONIA (gr. qvaioyvcayLÍa; in.<br />

Physiognomonics; fr. Pbysiognomonie, ai. Physiognomik;<br />

it. Fisiognomicá). Arte <strong>de</strong> julgar o<br />

caráter do homem, seu modo <strong>de</strong> sentir e <strong>de</strong><br />

pensar, a partir <strong>de</strong> sua aparência visível, especialmente<br />

a partir dos traços fisionômicos.<br />

Aristóteles (seguido por muitos escritores antigos<br />

e medievais) já admitira a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

julgar a natureza <strong>de</strong> uma coisa com base em<br />

sua forma corpórea (An. pr., II, 27, 70 b 7).<br />

Cícero falava <strong>de</strong> um fisiognomonista, Zopiro,<br />

que se vangloriava <strong>de</strong> conhecer a natureza e o<br />

caráter dos homens pelo exame <strong>de</strong> seu corpo,<br />

ou seja, <strong>de</strong> seus olhos, seu rosto e sua testa (De<br />

Fato, V, 10). Mas foi principalmente no Renascimento<br />

que essa arte foi cultivada, a começar<br />

por Giambattista <strong>de</strong>lia Porta, que, em 1580, publicou<br />

o livro Sulla F. umana. Esse tipo <strong>de</strong><br />

estudo foi muito difundido no séc. XVIII por<br />

Lavater (Fragmentos F., 1775-78). O próprio<br />

Kant reconheceu o valor da F. (Antr., 11, cap.<br />

III). Hegel distingue-a das más artes e dos estudos<br />

inúteis porque ela afirma a unida<strong>de</strong> entre<br />

interior e exterior (Phânomen. <strong>de</strong>s Geistes, I,<br />

parte 1, cap. V; trad. it., p. 281). Nos tempos<br />

mo<strong>de</strong>rnos a F. também tem <strong>de</strong>fensores não só<br />

entre os psicólogos e caracterologistas, mas<br />

também entre filósofos. Spengler disse: "A morfologia<br />

do que é mecânico e amplo, ciência<br />

que <strong>de</strong>scobre e or<strong>de</strong>na relações causais, é chamada<br />

<strong>de</strong> sistemática. A morfologia. do que é<br />

orgânico, da história e da vida, <strong>de</strong> tudo aquilo<br />

que traz em si direção e <strong>de</strong>stino, é chamada F."<br />

(Untergang <strong>de</strong>s Abendlan<strong>de</strong>s, I, p. 134). R.<br />

Kassner afirmou a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> entre psicologia e<br />

F., alegando que a antiga distinção entre ser e<br />

aparecer não tem valor: "A psicologia <strong>de</strong>ve então<br />

ser F. e qualquer outra é tediosa e banal,<br />

pois, como tudo consiste na visão, nada há<br />

que precise ser mais investigado ou <strong>de</strong>scoberto,<br />

retirando uma camada <strong>de</strong> aparência <strong>de</strong>pois<br />

da outra" (Dasphysiognomische Weltbild, Intr.;<br />

trad. it. em Os elementos da gran<strong>de</strong>za humana,<br />

1942, pp. 61 ss.).<br />

FISIOGNOSE (in. Physiognosy). Termo usado<br />

por Peirce para indicar o conjunto das ciências<br />

físicas (Coll. Pap., 1.242).<br />

FISIOLOGIA (in. Physiology, fr. Physiologie;<br />

ai. Physiologie, it. Fisiologiã). No sentido com<br />

que Aristóteles e outros escritores antigos empregam<br />

essa palavra, estudo da natureza: o<br />

mesmo que física. Algumas vezes Kant também<br />

a usou com essa significação (Crít. R. Pura,<br />

Doutr. transe, do mét., cap. III).<br />

FISIOLOGIA PSICOLÓGICA ou PSICO-<br />

FISIOLOGIA. V. PSICOLOGIA, B.<br />

FISSISMO (it. Fissismó). Termo italiano, que<br />

não encontra correspondência nas outras línguas,<br />

com o qual se <strong>de</strong>signa a doutrina da<br />

imutabilida<strong>de</strong> das espécies vivas, em contraposição<br />

a evolucionismo (v. EVOLUÇÃO). Sua tradução<br />

literal seria fixismo.<br />

FLECHA (gr. ÒÍOTÓÇ; in. Arrow, fr. Flèche, ai.<br />

Pfeil; it. Freccid) O terceiro dos quatro argumentos<br />

aduzidos por Zenão <strong>de</strong> Eléia em oposição<br />

ao movimento. O argumento baseia-se em<br />

dois pressupostos: l e o tempo é formado <strong>de</strong><br />

instantes; 2 e em cada instante a F. só po<strong>de</strong> ocupar<br />

um espaço igual ao seu comprimento. Por<br />

esta segunda tese, a F. é imóvel no instante, e<br />

como todo tempo é formado por instantes,<br />

durante todo tempo em que se move a F. está<br />

imóvel (ARISTÓTELES, FÍS., VI, 9, 239 b 29). Aristóteles<br />

também indicou corretamente o pressuposto<br />

<strong>de</strong>sse argumento, ou seja, a tese <strong>de</strong> que o<br />

tempo é constituído <strong>de</strong> instantes. V. DICOTOMIA;<br />

AQUILES; ESTÁDIO.<br />

FOGO (gr. Tiúp; lat. Ignis; in. Fire, fr. Feu; ai.<br />

Fuer, it. Fuoco). Substância que compõe o mundo,<br />

segundo Heráclito. Este consi<strong>de</strong>rava o F.<br />

dotado <strong>de</strong> inteligência e causa primeira do governo<br />

do universo (Fr. 65, Diels). Parmêni<strong>de</strong>s,<br />

nos discursos "segundo a opinião", assumia a<br />

dualida<strong>de</strong> F.-trevas (equivalente à dualida<strong>de</strong><br />

quente-frio [v.]) como princípio <strong>de</strong> explicação<br />

da aparência sensível (Fr. 8, Diels). Os estóicos<br />

i<strong>de</strong>ntificaram o F., situado na extremida<strong>de</strong> do<br />

universo, com o éter, que constitui a primeira<br />

esfera imóvel e as esferas móveis dos céus<br />

(DiÓG;. L, VII, 137).<br />

FORÇA (lat. Vis; in. Force; fr. Force; ai.<br />

Kraft; it. Forza). Precisamente a ação causai,<br />

não no sentido <strong>de</strong> explicar ou justificar (como

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