22.06.2013 Views

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

EXPLICITO 418 EXPRESSÃO<br />

que se verifica agora no âmbito das ciências<br />

naturais, especialmente da mais avançada <strong>de</strong>las,<br />

que é a física quântica. Uma vez que nela<br />

também falta, além da condição <strong>de</strong> previsibilida<strong>de</strong><br />

infalível, a conexão causai necessitante,<br />

o único esquema possível <strong>de</strong> E. é a E. condicional,<br />

que se limita a <strong>de</strong>terminar a possibilida<strong>de</strong><br />

do explanandum. Nesse sentido, po<strong>de</strong>-se<br />

dizer que a E. é a <strong>de</strong>terminação da possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminada e verificável do objeto; on<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminada significa individualizada e reconhecível<br />

com um método ou procedimento<br />

apropriado e, às vezes, mensurável segundo<br />

um esquema <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>, e verificável<br />

significa repetível em condições a<strong>de</strong>quadas<br />

(ABBAGNANO, Possibilita e liberta, 1957, VI, §§<br />

4-5; Problemi di sociologia, 1959, VIII, §§ 1-5).<br />

Deve-se observar, por fim, que o próprio<br />

procedimento da E. lógica, na forma <strong>de</strong>scrita<br />

por Carnap e Reichenbach, inclui-se na categoria<br />

<strong>de</strong> E. condicional. Segundo Carnap, a E.<br />

consiste em substituir um termo originário chamado<br />

explicandum, que é um conceito vago<br />

ou familiar, por um novo conceito exato, que<br />

Carnap chama <strong>de</strong> explicatum e Reichenbach<br />

<strong>de</strong> explicans. Isso posto, a E. consiste, segundo<br />

Reichenbach, em <strong>de</strong>terminar o significado<br />

do termo, e o significado se reduz a uma<br />

possibilida<strong>de</strong> lógica, física ou técnica, mas, em<br />

todo caso, a uma possibilida<strong>de</strong> (REICHENBACH,<br />

"Verifiability Theory of Meaning", em Proceedings<br />

of the American Aca<strong>de</strong>my ofArts and<br />

Sciences, 1951, pp. 46 ss.; CARNAP, Meaning<br />

and Necessity, § 2) (v. POSSÍVEL; SIGNIFICADO;<br />

VERIFICAÇÃO).<br />

EXPLÍCITO (in. Explicit; fr. Explicite; ai.<br />

Explicit; it. Esplicíto). Expresso ou claramente<br />

expresso. "Tornar E." ou "explicitar" o significado<br />

<strong>de</strong> um termo ou <strong>de</strong> uma proposição é expressá-lo<br />

ou reexpressá-lo com mais clareza. O<br />

termo oposto, "implícito", significa portanto o<br />

que não é expresso, mas somente sugerido ou<br />

não expresso claramente.<br />

EXPONÍVEL (in. Exponible, fr. Exponible,<br />

ai. Exponibel; it. Esponibile). Na Lógica medieval<br />

exponibilia eram proposições obscuras<br />

porque, embora tivessem forma gramatical <strong>de</strong><br />

proposições simples, na realida<strong>de</strong> ocultavam<br />

uma composição cuja análise (expositio) resolvia<br />

sua obscurida<strong>de</strong>. Em Kant, "E." tem sentido<br />

análogo, porém mais específico, <strong>de</strong> proposição<br />

constituída por uma afirmação com uma negação<br />

disfarçada, que a exposição evi<strong>de</strong>ncia (Logik,<br />

§ 31). G. P.<br />

EXPOSIÇÃO (lat. Expositio; in. Exposition;<br />

fr. Exposition; ai. Erôrterung; it. Esposizione). 1.<br />

Análise <strong>de</strong> um conceito ou seu esclarecimento.<br />

Kant chama <strong>de</strong> E. transcen<strong>de</strong>ntal "a <strong>de</strong>finição<br />

<strong>de</strong> um conceito como princípio a partir do qual<br />

se possa ver a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecimentos<br />

sintéticos a priori" (Crít. R. Pura, § 3).<br />

Nesse sentido, a E. transcen<strong>de</strong>ntal do conceito<br />

<strong>de</strong> espaço mostrará a possibilida<strong>de</strong> dos conhecimentos<br />

a priori que po<strong>de</strong>m provir <strong>de</strong>sse<br />

conceito, isto é, a possibilida<strong>de</strong> da geometria.<br />

2. Na lógica terminista medieval, é a prova<br />

<strong>de</strong> um silogismo <strong>de</strong> terceira figura por meio <strong>de</strong><br />

um silogismo da mesma figura, no qual um termo<br />

médio singular exerce a função que, no primeiro,<br />

era exercida por um termo médio comum.<br />

P. ex., o silogismo "Alguns homens são<br />

dotados <strong>de</strong> virtu<strong>de</strong>s, Todo homem é animal, Alguns<br />

animais são dotados <strong>de</strong> virtu<strong>de</strong>s" po<strong>de</strong><br />

ser exposto assim: "Sócrates é dotado <strong>de</strong> virtu<strong>de</strong>,<br />

Sócrates é animal, Alguns animais são dotados<br />

<strong>de</strong> virtu<strong>de</strong>" (OCKHAM, Summa log., III, 1,<br />

13; JUNGIUS, Log., III, 15).<br />

EX PRAECOGNITIS ET PRAECONCES<br />

SIS. Fórmula com que se abrevia o princípio<br />

exposto por Aristóteles no início <strong>de</strong> Analíticos<br />

posteriores: "Toda doutrina e toda disciplina discursiva<br />

nascem <strong>de</strong> um conhecimento preexistente"<br />

(An.post, I, 1, 71 a 1). Boécio ressaltava<br />

a importância <strong>de</strong>ssa máxima (P. L, 64 a col.<br />

741), que se tornara lugar-comum da escolástica.<br />

Locke julgava-a falaz, pois estava convicto<br />

<strong>de</strong> que o fundamento do conhecimento é<br />

o conhecimento intuitivo (Ensaio, IV, 2, 8).<br />

Mas Leibniz reivindicava, contra Locke, a valida<strong>de</strong><br />

da máxima, porquanto expressa o procedimento<br />

da matemática (Nouv. ess., IV, 2, 8).<br />

EXPRESSÃO (lat. Expressio; in. Expression;<br />

fr. Expression; ai. Ausdruck; it. Espressioné),<br />

Em sentido geral e mo<strong>de</strong>rno, manifestação por<br />

meio <strong>de</strong> símbolos ou comportamentos simbólicos.<br />

Esse termo foi introduzido no uso filosófico<br />

na segunda meta<strong>de</strong> do séc. XVII, quando<br />

começou a substituir o termo aparência para<br />

indicar a relação entre Deus e mundo, graças à<br />

qual o mundo é "manifestação" <strong>de</strong> Deus. Spinoza<br />

e Leibniz usam o termo nesse sentido.<br />

Spinoza diz que um modo da extensão e a<br />

idéia <strong>de</strong>sse modo são "uma só e mesma coisa<br />

expressa <strong>de</strong> duas maneiras; o que parece ter<br />

sido vagamente entrevisto, por alguns hebreus,<br />

que apresentam Deus, o intelecto divino e as<br />

coisas por ele percebidas como uma e mesma<br />

L

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!