22.06.2013 Views

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

E. 1. Na Lógica formal aristotélica, essa letra<br />

é usada como símbolo da proposição universal<br />

negativa (PEDRO HISPANO, Summ. log., 1.21).<br />

2. Na lógica modal tradicional, a proposição<br />

modal que afirma o modo e nega a proposição:<br />

p. ex., "É possível que não p", on<strong>de</strong> pé uma<br />

proposição qualquer (ARNAULD, Log., II, 8).<br />

3. Na notação <strong>de</strong> Lukasiewicz, Eè usado para<br />

indicar a equivalência das proposições (A.<br />

CHURCH, Introduction to Mathematical Logic, n L><br />

91). G. P.-N. A.<br />

ECLETISMO (gr. ÈK^eKTiKii ocipeoiç; in.<br />

Eclecticism, fr. Éclectisme, ai. Eklektizismus, it. Eclettísmo).<br />

A diretriz filosófica que consiste em<br />

escolher, <strong>de</strong>ntre as doutrinas <strong>de</strong> diferentes filósofos,<br />

as teses mais apreciadas, sem se preocupar<br />

em <strong>de</strong>masia com a coerência <strong>de</strong>ssas teses<br />

entre si e com sua conexão aos sistemas <strong>de</strong><br />

origem. Esse termo acha-se em Diógenes Laércio<br />

(Proem., 21), que o usa com referência a<br />

um obscuro filósofo <strong>de</strong> Alexandria, Potámon,<br />

e foi adotado por Brucker (Historia critica<br />

philosophiae, II, p. 193). É comumente empregado<br />

para indicar as seguintes tendências filosóficas:<br />

1- a adotada pela escola estóica a partir<br />

<strong>de</strong> Boeto <strong>de</strong> Síndon (morto em 119 a.C), da<br />

Aca<strong>de</strong>mia Platônica a partir <strong>de</strong> Fílon <strong>de</strong> Arixa<br />

(séc. I a.C.) e pela escola aristotélica a partir<br />

<strong>de</strong> Andronico <strong>de</strong> Ro<strong>de</strong>s (séc. I a.C), bem<br />

como por seus seguidores, dos quais o mais<br />

importante foi Cícero; o critério adotado pelos<br />

ecléticos <strong>de</strong>ssa linha foi o acordo comum<br />

dos homens (consensus gentium); 2 a o espiritualismo<br />

romântico <strong>de</strong> Cousin, que adotou<br />

pessoalmente o termo "ecletismo" para indicar<br />

seu método que visava levar ao nível da consciência<br />

as verda<strong>de</strong>s implicitamente contidas nela<br />

(Du vrai, du beau et du bien, 1853, Pref.).<br />

ECOLOGIA (in. Ecology, fr. Écologie, it. Ecologia).<br />

Estudo das relações entre o organismo<br />

E<br />

vivo e seu ambiente, que constitui parte fundamental<br />

da biologia; ou estudo das relações<br />

entre o homem como pessoa e seu ambiente<br />

social, que constitui parte da sociologia. Essa<br />

palavra é mo<strong>de</strong>rna e foi introduzida pelos anglosaxões.<br />

ECONOMIA (gr. OÍKOVOUÍOC; lat. Oeconomia-,<br />

in. Economy, fr. Economie, ai. Oekonomie, ital.<br />

Economia). Or<strong>de</strong>m ou regularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma<br />

totalida<strong>de</strong> qualquer, seja esta uma casa, uma<br />

cida<strong>de</strong>, um Estado ou o mundo. No Novo Testamento<br />

essa palavra, às vezes, é usada para<br />

indicar o plano provi<strong>de</strong>ncial (S. PAULO, Eph., I,<br />

10). Orígenes chamou <strong>de</strong> "E." a encarnação do<br />

Verbo, pois ela restituiu provi<strong>de</strong>ncialmente ao<br />

mundo a or<strong>de</strong>m e a sua verda<strong>de</strong>ira regra<br />

(Contra Cels., 11, 9).<br />

Mas, ao menos no que diz respeito às totalida<strong>de</strong>s<br />

finitas, a melhor or<strong>de</strong>m é a que produz<br />

o resultado máximo com o esforço mínimo, <strong>de</strong><br />

tal modo que mesmo a lei do menor esforço foi<br />

entendida, na história da <strong>filosofia</strong>, como "princípio<br />

da E.". Esse princípio, como regra metodológica,<br />

não <strong>de</strong>ve ser confundido com o princípio<br />

da ação mínima(v.), que, num primeiro<br />

momento, é um princípio físico e metafísico e,<br />

num segundo momento, uma lei da mecânica.<br />

Po<strong>de</strong>-se dizer que o princípio da E. foi formulado<br />

pela primeira vez por Ockham, no séc.<br />

XIV, com a fórmula "Pluralitas non estponenda<br />

sine necessitate" e "Frustra fit per plura<br />

quod potestfieri perpauciora". Ockham utilizou<br />

constantemente esse princípio para eliminar<br />

muitas das entida<strong>de</strong>s admitidas pela escolástica<br />

tradicional: p. ex., a specie, sensível<br />

ou inteligível, como intermediária do conhecimento<br />

(Ln Sent., II, q. 14, P). Mais tar<strong>de</strong>, com o<br />

nome <strong>de</strong> navalha <strong>de</strong> Ockham, esse princípio<br />

foi expresso com a fórmula "Entia non sunt<br />

multiplicanda praeter necessitatem", forma

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!