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Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

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RELATIVISMO 84 S RELATIVISMO<br />

teoria <strong>de</strong> Hinstein. 1948). Outra 6 a i<strong>de</strong>alista ou<br />

espiritualista, <strong>de</strong>fendida especialmente por A.<br />

Fddington ( The Naíure ofthe Phisical World,<br />

1928; ThePhilosophy ofPhysical Science. 1939),<br />

mas na realida<strong>de</strong> a teoria da R. presta-se muito<br />

menos a interpretações filosóficas do que as teorias<br />

clássicas. A relativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que ela fala nada tem<br />

a ver com o relativismo: uma medida por certo<br />

6 relativa, não ao homem nem ao sujeito<br />

cognoscente, mas ao sistema <strong>de</strong> referência, po<strong>de</strong>ndo<br />

também ser expressa com base em outros<br />

sistemas. Tampouco se po<strong>de</strong> dizer que a teoria<br />

da R. seja mais subjetivista ou i<strong>de</strong>alista que a<br />

física clássica. A lição mais importante que a<br />

<strong>filosofia</strong> po<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r com ela diz respeito ao<br />

método, e po<strong>de</strong> ser inferida das seguintes palairas<br />

<strong>de</strong> Kinstein: "Para o tísico, um conceito só<br />

tem valor quando é possível estabelecer se ele<br />

convém ou não. Portanto, precisamos cie uma<br />

<strong>de</strong>finição da simultaneida<strong>de</strong> que forneça o método<br />

para reconhecer por meio <strong>de</strong> experiências<br />

se dois relâmpagos foram simultâneos ou não.<br />

Fnquanto essa condição não se realizar, eu, como<br />

físico (e também como não físico), estarei me<br />

iludindo se achar que posso atribuir significado<br />

à expressão <strong>de</strong> simultaneida<strong>de</strong>" (l 'her die spazielle<br />

itnddieallgemeine Relativiiãtstheorie, 1917, § 8:<br />

trad. it., p. 18). Essas palavras expressam a exigência<br />

geral <strong>de</strong> que. para ser válida, qualquer<br />

proposição <strong>de</strong>ve po<strong>de</strong>r ser confirmada ou comprovada<br />

por métodos hábeis (v. SIGNIFICADO).<br />

RELATIVISMO (in. Relatirism, fr. Relalifisine;<br />

ai. Relcitirismus-, it. Relativismus). Doutrina<br />

que afirma a relativida<strong>de</strong> do conhecimento,<br />

no sentido dado a esta expressão no séc.<br />

XIX. a saber: 1" como ação condicionante do<br />

sujeito sobre seus objetos <strong>de</strong> conhecimento; 2"<br />

como ação condicionante recíproca dos objetos<br />

<strong>de</strong> conhecimento. Kste condicionamento<br />

duplo dos objetos cie conhecimento foi primeiramente<br />

tomado como fundamento cio R. por<br />

W. Hamilton, que, por um lado, insistia no fato<br />

<strong>de</strong> que todos os objetos existentes po<strong>de</strong>m ser<br />

conhecidos apenas em relação com as faculda<strong>de</strong>s<br />

humanas e em condições ditadas por essas<br />

mesmas faculda<strong>de</strong>s (Leclitres ou Metaphvsics,<br />

1, 1870, V ed, p. 148), e, por outro, na condicionalida<strong>de</strong><br />

que os objetos <strong>de</strong> conhecimento<br />

exercem uns sobre os outros (Discussion<br />

ou Philosophy, 1852, p. 13). Com base nesses<br />

dois pontos (que nada tinham <strong>de</strong> original, pois<br />

po<strong>de</strong>m ser facilmente reconhecidos como as<br />

teses mais genéricas do empirismo e do<br />

criticismo), Hamilton afirmava, ao mesmo tem-<br />

po, a ineognoscibilidacle e a existência do Absoluto,<br />

uma vez que se po<strong>de</strong> crer também naqiiilo<br />

que não se conhece ( Leclnres, cit., II, pp.<br />

530-531). Kssas teses foram utilizadas como<br />

apologética religiosa por F. L. Mansel ÍPbilosophy<br />

ofthe CÀjnditknied, 1866). Mas o principal<br />

responsável por sua difusão foi o positivismo.<br />

pt)is Spencer aceitava o ponto <strong>de</strong> vista cie Hamilton,<br />

admitindo a relativida<strong>de</strong> cio conhecimento<br />

humano, a ineognoscibilidacle do Absoluto<br />

e sua existência (First Principies, 1862.<br />

§§ 23 ss.).<br />

Fora do positivismo, o R. foi aceito por algumas<br />

correntes do neocriticismo e do pragmatismo.<br />

No neocriticismo, H. Kenouvier (/ quais cresce, <strong>de</strong>senvolve-se e morre sem<br />

relação com a outra. Segundo esse ponto <strong>de</strong><br />

vista, a relativida<strong>de</strong> está não só na verda<strong>de</strong> reli-

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