22.06.2013 Views

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

Dicionario de filosofia.pdf - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

U. Na lógica tradicional, símbolo da proposição<br />

inodal que consiste na negação cio modo e na<br />

negação da proposição: p. ex., "não é possível<br />

que não/r' (v. ARNAWLD. Lug., II, 8) (v. PURPIJRKA).<br />

UBI. Com esse advérbio latino (on<strong>de</strong>) Duns<br />

Scot indicou a <strong>de</strong>terminação qualitativa que o<br />

corpo em movimento adquire a cada instante<br />

do seu movimento. O U. não é o lugar(\\) porque<br />

o lugar <strong>de</strong> um corpo não é um atributo<br />

<strong>de</strong>le, mas está nos corpos que o cercam; é semelhante<br />

ao calor, que é adquirido pelo corpo que<br />

se aquece {QuodL, q. II a. 1). Essa noção foi<br />

criticada por Pedro Auréolo (In Sent. I, d. 17, a. 4),<br />

por Ockham (In Sent., II, q. 9 c) e por Gregório<br />

<strong>de</strong> Rimini (In Sent., II, d. 6, q. I, a. 2), que<br />

reduziram o movimento do corpo que se move.<br />

Também é lembrada, com <strong>de</strong>sprezo, por Locke<br />

(Ensaio, II, 23, 21).<br />

UBICAÇÃO. V. LfCAR.<br />

UBIQÜIDADE (lat. Ubiquitas; in. Ubíquity,<br />

ir. Ubiquité, ai. Allgegonuwt; it. Ubicjitità). O modo<br />

<strong>de</strong> ser no espaço que os escolásticos do séc.<br />

XIV chamavam <strong>de</strong> <strong>de</strong>finitívo(<strong>de</strong>finitívus); consiste<br />

em estar tudo em todo o espaço, e tudo em<br />

qualquer parte do espaço. Esse modo <strong>de</strong> ser era<br />

distinguido do chamado circtinscritii>o( circumscriptivus),<br />

que consiste em estar tudo em todo<br />

o espaço (ocupado) e parte em cada parte <strong>de</strong>le<br />

(v., para esta distinção, OCKHAM, In Sent.. IV, q.<br />

4; Qitocll., VII, q. 19; Decoip. Christi, 6). O conceito<br />

<strong>de</strong> existência espacial <strong>de</strong>finitiva servia para<br />

enten<strong>de</strong>r a presença do corpo <strong>de</strong> Cristo no pão<br />

e a onipresença <strong>de</strong> Deus no mundo. Quanto a esta<br />

última, Leibniz (lembrando os dois primeiros<br />

modos, que chama <strong>de</strong> uhictés). fala <strong>de</strong> uma<br />

ubielé repletiva (Nonv. ess.. II, 23, 21).<br />

UCRONIA(fr. Ucbronie). F. o título <strong>de</strong> um<br />

romance <strong>de</strong> Charles Renouvier (Ucbronie,<br />

u<br />

1'utopiedans Vhistoire, 1876), em que o autor<br />

se propõe reconstruir "a história apócrifa do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da civilização européia, como<br />

po<strong>de</strong>ria ter sido, mas não ioi". A finalida<strong>de</strong><br />

do romance é mostrar a ausência da necessida<strong>de</strong><br />

em história (v. HISTÓRIA).<br />

ÚLTIMO (gr. TÒ EO%axov; in Ultimato-, fr.<br />

Ultime-, ai. Letzt; it. Ultimo). Um dos dois extremos<br />

<strong>de</strong> uma série, mais precisamente aquele<br />

em que a série acaba. Como é possível consi<strong>de</strong>rar<br />

que uma mesma série termine em um<br />

dos extremos no que se refere a <strong>de</strong>terminados<br />

objetivos (ou pontos <strong>de</strong> vista) ou no outro extremo<br />

no que se refere a outros objetivos (ou<br />

pontos <strong>de</strong> vista), a palavra II. muitas vezes é<br />

ambivalente, e as mesmas coisas são <strong>de</strong>claradas<br />

U. e primeiras. E o que acontece com freqüência<br />

na terminologia aristotélica: nela, o<br />

motor imóvel é qualificado <strong>de</strong> l). por ser o<br />

primeiro cia série dos movimentos (Ffs., VIII, 2,<br />

2^4 b 4); no entanto, é chamada <strong>de</strong> II., também,<br />

a espécie mais próxima do indivíduo<br />

(Met., III, 3. 998 b 15). Aristóteles também chama<br />

cie V. um sujeito como a água ou o ar (/te/.,<br />

V, 6. 1016 a 23), mas qualifica a substância <strong>de</strong><br />

U. substrato (Ibid., V, 8, 1017 b 24) e consi<strong>de</strong>ra<br />

o princípio <strong>de</strong> contradição "uma opinião l!."'<br />

(Ibid., IV, 3, 1005 b 33). Também chama <strong>de</strong> U.<br />

o fim (Ibid.. V, 16, 1021 b 25).<br />

Todos estes usos, ou outros bastante semelhantes<br />

a estes, permaneceram na tradição filosófica.<br />

Na Ida<strong>de</strong> Média a bem-aventurança foi<br />

chamada <strong>de</strong> "fim {'.", porquanto é o fim além<br />

do qual não se po<strong>de</strong> prosseguir (cf. S. TOMÁS,<br />

S. Tb., II, I. q. 1, a. 4). Hoje se fala <strong>de</strong> "problemas<br />

V." ou <strong>de</strong> "razões l'." no mesmo sentido<br />

em que se po<strong>de</strong>ria falar <strong>de</strong> problemas primeiros<br />

ou máximos e <strong>de</strong> razões primeiras: isso<br />

<strong>de</strong>monstra ainda uma vez que o termo pertence

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!